Grooveshark assina acordo com Sony, EMI e quer ser o “YouTube da música”
O Grooveshark fechou acordo com a Sony/ATV e, como já havia assinado um com a EMI no começo do mês, agora é um site bem menos ilegal do que já foi. E, mais do que isso, ele se torna cada vez mais uma alternativa ao YouTube para quem quer ouvir música gratuitamente na web.
O Grooveshark enfrentou uma longa batalha contra as gravadoras que questionavam a legalidade do serviço. No fim de julho, foi removido das sugestões automáticas das buscas do Google. Mas agora parece que encontrou seu caminho para se tornar legal e, mais do que isso, ser um YouTube exclusivo de músicas.
Os serviços são parecidos em alguns pontos. Tanto no YouTube quanto no Grooveshark quem envia o conteúdo é o público – os vídeos são enviados por usuários no YouTube e as músicas pelos usuários no Grooveshark. E, quando alguém notifica tanto o YouTube quanto o Grooveshark de que algum conteúdo postado por um usuário é protegido por direitos autorais, eles devem remover esse arquivo.
Essa comparação entre os serviços já foi feita inclusive pelo criador do Grooveshark, Sam Tarantino, que já se referiu ao seu serviço como um “YouTube para música”.
Mas para ser um YouTube musical o Grooveshark precisa seguir os passos do serviço do Google e se esforçar para oferecer conteúdo legal – ou, ao menos, que não possa ter a legalidade questionada pelos detentores de direitos autorais. É aí que entram os acordos assinados com a EMI no começo do mês e agora com a Sony/ATV. Segundo estudo da Informa, elas são as duas maiores gravadoras do mundo, com 50% do faturamento mundial em 2012 (30% para a Sony, 20% para a EMI). Nada mal começar com as duas maiores, não?
A questão agora é como o Grooveshark vai continuar daqui para frente. Ele ganhou bastante atenção há alguns anos, mas as disputas judiciais fizeram inclusive Tarantino declarar que estava falido. E se música via streaming era algo complicado no passado, hoje já não é mais: serviços como Rdio, Xbox Music, Spotify, Deezer e Google Play Music All Access oferecem acesso a enormes bibliotecas das grandes gravadoras. Ainda há quem ouça música pelo YouTube, então ainda há espaço para o Grooveshark. Mas a dúvida é: até quando? [TorrentFreak]