Hacker britânico que violou Twitter em 2020 pega 5 anos de prisão em Nova York
Na última semana, o hacker britânico Joseph James O’Connor, conhecido na internet como PlugwalkJoe, foi condenado a cinco anos de prisão e a pagar US$ 794.000 em indenizações para suas vítimas. Entre os crimes estão ataques cibernéticos, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.
PlugwalkJoe é um dos hackers responsáveis poruma das maiores violações da história do Twitter.
De acordo com a justiça, O’Connor é integrante de um grupo acusado de invadir perfis de empresas e usuários famosos do microblog. Em 2020 os criminosos invadiram contas de Apple, Binance, Elon Musk, Bill Gates, Jeff Bezzos, Floyd Mayweather, Kanye West, Kim Kardashian e do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Para conseguir acesso aos dados do Twitter, os criminosos entraram em contato com funcionários alegando fazer parte da equipe de TI do microblog. Dessa maneira, os hackers conseguiram dados de suas vítimas a informações de acesso a redes privadas da plataforma.
As contas roubadas foram utilizadas para disseminar links falsos sobre como dobrar criptomoedas. Os perfis roubadas exibiam uma mensagem afirmando que os usuários que enviassem uma quantia em bitcoins para o endereço presente na postagem, receberiam o dobro em 30 minutos.
De acordo com as informações disponíveis sobre o caso, o grupo conseguiu arrecadar cerca de US$ 120.000 com o esquema.
O ex-chefe da área de segurança cibernética da empresa, Peiter Zatko, revelou que o ataque de 2020 foi mais grave do que se imaginava. De acordo com ele, os criminosos conseguiram um nível de controle tão profundo, que tinham o poder de fazer publicações utilizando qualquer conta da rede social.
O hacker Graham Ivan Clark, conhecido como Kirk, também fazia parte do grupo e foi condenado em 2021. O hacker, que na época dos crimes tinha 17 anos, conseguiu acesso a uma ferramenta de administração de alto nível, que lhe permitia ter controle sobre quaisquer contas.