Suspeito de vazar dados de 223 milhões de brasileiros é preso em Uberlândia (MG)

Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (19) um hacker suspeito de vazar os dados de mais de 223 milhões de brasileiros em janeiro.
Imagem: Mika Baumeister (Unsplash)
Crédito: Mika Baumeister (Unsplash)

Quase dois meses após a denúncia do megavazamento de dados que expôs informações de mais de 223 milhões de brasileiros, a Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (19) um hacker suspeito de ser responsável pela violação histórica.

Conhecido como Vandathegod, Marcos Roberto Correia da Silva foi preso em Uberlândia, em Minas Gerais. A ação faz parte da operação Deepwater, que inclui mais um mandado de busca e apreensão na mesma cidade mineira, além de 4 outros mandados também de busca e apreensão em Petrolina, Pernambuco. As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A investigação foi iniciada quase uma semana após a notícia sobre o vazamento, quando a polícia recebeu o pedido da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para abrir um inquérito sobre o caso em 28 de janeiro. Na sexta-feira, também foram apreendidos equipamentos eletrônicos, como dispositivos de armazenamento e um computador, segundo reportagem do G1.

O hacker Vandathegod já havia sido alvo de um mandado de busca e apreensão na operação Exploit, que investiga uma invasão que expôs informações de ex-servidores e ex-ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no primeiro turno das eleições municipais de 2020. Silva também é investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais por invasão de dispositivo e estelionato.

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O megavazamento de janeiro incluía dados como nome, CPF, endereço, foto, score de crédito, entre outros, de mais de 223 milhões de brasileiros, incluindo pessoas já falecidas. Desde então, outros vazamentos foram denunciados, mas seguem sem respostas. Enquanto isso, o Senado se prepara para discutir um projeto de lei que visa tornar crime a compra e venda de dados sensíveis na internet. O problema é que isso pode prejudicar denúncias sobre tais violações, já que o projeto não especifica exatamente quem seria responsabilizado pela divulgação dos conteúdos.

[G1, Exame]

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