Meu tempo com o Apple Watch foi curto: coloquei-o no meu pulso, naveguei pela interface, e basicamente foi isso. Também vimos um funcionário da Apple demonstrando-o em detalhe, mas ficou a dúvida: este relógio pode cumprir o que promete?
>>> Apple Watch: tudo o que você precisa saber
O relógio em si, em um nível puramente físico, é bonito e agradável – algo que eu não queria tirar do meu pulso. Ele lembra um pouco o LG G Watch e o Samsung Gear Live, pois todos são retângulos com cantos arredondados. Mas o Apple Watch dá uma sensação significativamente mais premium.
A versão que eu estava usando tinha uma pulseira de aço inoxidável, e o relógio em si é mais leve, mais firme e menos emborrachado do que outros modelos. Com a tela de cristal de safira, ele dá confiança de que não vai quebrar fácil.
E o botão giratório na lateral – que permite rolar listas e aplicar zoom – tem um efeito psicológico também: parece que você está usando um relógio que por acaso é digital, em vez de um smartwatch em si.
A tela no modelo maior que eu experimentei era brilhante e nítida, e os ícones circulares dos apps eram grandes o bastante. Eu ainda não estou convencido de que vou querer ver um mapa nesta tela pequena, por isso alguns recursos – como vibrações diferentes para você virar à direita ou esquerda na navegação curva a curva – são bem-vindos.
No modo simples, para mostrar as horas, o Apple Watch parecia mesmo um relógio de verdade, mais do que qualquer outro smartwatch que já usei – com exceção do Moto 360.
Quanto ao software, vimos pouca coisa. O funcionário demonstrou os Glances, que trazem informações em cards semelhantes ao Google Now, que podem ser ativados deslizando a partir da borda inferior da tela. Depois, basta navegar para a esquerda ou direita. Tudo funciona, e rápido – pelo menos neste modelo pré-lançamento.
Eu também vi uma mulher jovem caminhando em uma esteira, com o Apple Watch medindo a atividade física. Mas isso estava sendo feito com precisão? Difícil dizer.
No Apple Watch, há sensores para tudo: medir frequência cardíaca, sua elevação, se você se levantou o suficiente naquele dia. Ele também permite abrir a porta do seu quarto de hotel, ou pagar por itens (provavelmente via NFC). Ele também possui uma forma de enviar desenhos – e até sua pulsação – para amigos e familiares.
Aas ambições do smartwatch da Apple são muito grandes para uma tecnologia vestível. É uma visão bacana, mas que a Apple ainda não está pronta para mostrar. É uma pena, e isso nos deixa com muitas dúvidas. A tela é sensível o suficiente para manusear os widgets minúsculos na tela? A tela menor será muito mais difícil de se navegar? Ele será realmente útil, ou vai nos naufragar em notificações?
Nós saberemos as respostas quando o Apple Watch for lançado no início de 2015, se não antes. Mas, por enquanto, ele é um apenas um belo relógio. Se cumprir o que promete, ele pode ter uma chance, mas terá que enfrentar uma concorrência feroz – como o Moto 360 – em um mercado de nicho. A disputa será interessante.