[Hands-on] O Google Pixel 2 ainda tem muito o que provar

O Google Pixel 2 talvez não tenha mais aquela combinação de azuis vibrantes, mas é um telefone diferente do modelo lançado no ano passado, com um design mais sólido (um botão colorido dedicado à câmera) e algumas novas funcionalidades que podem inspirar os fãs do Google que não se surpreenderam tanto com a geração anterior. […]

O Google Pixel 2 talvez não tenha mais aquela combinação de azuis vibrantes, mas é um telefone diferente do modelo lançado no ano passado, com um design mais sólido (um botão colorido dedicado à câmera) e algumas novas funcionalidades que podem inspirar os fãs do Google que não se surpreenderam tanto com a geração anterior.

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O Google Pixel não foi uma unanimidade, nem um celular que mudou o jogo, apesar dos fãs (e do próprio Google) terem tentado. O Pixel 2, que foi anunciado nesta quarta-feira (4), terá que fazer muita coisa para conquistar os consumidores e superar as supostas más vendas do modelo original (a empresa se esquivou cuidadosamente de números reais em seu evento, mas alguns analistas estimam que pouco mais de um milhão de Pixels foram vendidos). Existem algumas grandes melhorias no dispositivo que podem ajudar para um cenário mais animador de vendas, mas, pelo menos na minha experiência ao testar o dispositivo por um tempinho na última tarde, o Google mais uma vez corre o risco de ficar aquém das expectativas.

Antes de tudo, o que é diferente e o que é realmente bom. O Pixel 2 é resistente à água. Isso provavelmente vai prejudicar a facilidade em consertá-lo, mas também significa que você pode fazer uma corrida debaixo de chuva e não precisar se preocupar em comprar um celular novo quando acabar. Melhor ainda é o modo Retrato da câmera. Ao contrário do modo Retrato do iPhone, que funciona apenas no modelo Plus, a versão do Google oferece o recurso tanto no Pixel 2, quanto no modelo maior Pixel 2 XL.

Ficou bem legal esse retrato! Disse o representante do Google – todas as minhas selfies falharam no modo Retrato.

Quando o Retrato finalmente funcionou nos meus testes, o resultado foi um dos melhores que já vi em um celular. Os detalhes do cabelo, que frequentemente ficam borrados no plano de fundo das fotos tiradas pela maioria dos outros celulares, ficaram nítidos e fáceis de distinguir.

O modo funciona da mesma forma como outros modos de câmera e é acessado por meio de um menu no app. Você consegue ativar o modo Retrato, tirar uma foto e ficar maravilhado com suas habilidades fotográficas. Infelizmente, a coisa não funcionou sempre que eu quis. Muitas vezes, tirei selfies e fotografias de jornalistas aleatórios e só então descobri que a câmera não estava fazendo a mágica do retrato. Independentemente de estar usando a câmera de selfie ou a câmera traseira (o modo funciona em ambas), a coisa não funcionava – embora um representante do Google ao meu lado conseguisse algumas fotos com melhores resultados. A inconsistência da funcionalidade foi bem decepcionante. Mas vale notar que esse era um aparelho de demonstração, e as coisas podem melhorar drasticamente até que ele seja finalmente lançado no final do mês.

Apeeerta.

Uma coisa que funcionou perfeitamente, pelo menos depois que eu aprendi a usar, foi a função de apertar, emprestada do HTC U11. Aperte o Pixel 2 e o Google Assistente surge na tela. É uma funcionalidade legal, mas exige um pouco de prática, já que é preciso segurar de uma maneira específica. Se você apertar muito em cima, não terá resposta nenhuma.

Se o Google quer que o Pixel 2 ganhe o jogo, precisará entregar o fator surpresa dessa funcionalidade de apertar o celular e deixar de lado toda a inconsistência dos modos da câmera.

No evento desta quarta-feira, o Google tornou claro que software e inteligência artificial são os seus elementos chave para se destacar da concorrência. No ano passado, eles divulgaram uma assistente super inteligente, que não sobreviveu ao marketing excessivo. Neste ano, a empresa volta com mais do mesmo, e, sim, a Google Assistente talvez seja a mais esperta que existe por aí – ela consegue fazer saltos intuitivos dos quais a Alexa, da Amazon, e a Siri, da Apple, ainda não chegam perto.

Um celular que sabe qual música está tocando no bar antes que eu mesmo o faça é algo impressionante. Mas sem o polimento de software de seus concorrentes, o Pixel 2 terá dificuldade para brigar contra a Apple, que tem um software bem ajeitado com o hardware, e com a Samsung, que, depois de anos de engasgos com a TouchWiz, começou a produzir celulares Android praticamente perfeitos.

Todas as imagens: Alex Cranz/Gizmodo

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