Por que cartuchos de videogame são uma ideia mais esperta do que você imagina
por Bryan Menegus
Consoles e computadores antigos tinham potência extremamente limitada: o hardware era menos capaz, e não havia espaço de expansão para tornar mais capazes máquinas como o Commodore VIC-20 ou o Famicom. Ou será que havia?
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Como explicam o 8-Bit Guy e o Obsolete Geek, cartuchos têm uma enorme vantagem sobre disquetes e fitas magnéticas: eles podem abrigar hardware adicional. E na prática, mais chips podem levar a tudo, desde um som melhor até renderização de polígonos para jogos 2.5D.
Um exemplo: Pitfall II, lançado para o Atari 2600, tinha um gameplay mais complexo que outros títulos do console e, pela primeira vez, incluía uma trilha sonora que tocava durante todo o jogo. Isso era possível porque o cartucho tinha um chip DSP (processador de sinal digital).
Os cartuchos de Starfox e Stunt Race FX têm um coprocessador que auxilia o SNES com renderização de polígonos 3D. E Super Mario RPG tem um chip da Nintendo chamado SA1 que inclui um núcleo de processador semelhante ao do próprio console, porém operando a uma velocidade maior.
Embora as máquinas desta época só pudessem “ver” uma quantidade restrita de memória, alguns truques de software permitem aos cartuchos driblar esses limites.
Para adicionar mais de 16 KB de armazenamento, é necessário um hardware adicional dentro do cartucho que permita comutação de bancos. Dessa forma, só 16 KB ficam visíveis para o computador, e o software alterna entre as seções que precisam ser usadas para o jogo.
Muitos cartuchos da Nintendo faziam isso: alguns tinham até 1 MB de ROM, o que era algo enorme para a época.
Jogos de cartucho possuem um valor nostálgico para entusiastas atuais (e podem fazer um retorno em breve no Nintendo NX), mas também tiveram um papel importante em avançar máquinas de jogos para além de seus limites – é graças a eles que temos clássicos como Super Mario RPG e Starfox, por exemplo.
Confira o vídeo completo abaixo: