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HBO Max agora é “Max”: conheça o novo streaming da Warner

Nova plataforma de streaming, Max, vai reunir conteúdos da HBO Max, Discovery+ e outros canais da Warner Bros. Discovery

HBO Max agora é “Max”: conheça o novo streaming da Warner

Imagem: HBO Max/YouTube/Reprodução

As plataformas HBO Max e Discovery+ agora estão juntas no “Max”, o novo streaming da Warner Bros. Discovery. Executivos da companhia revelaram os planos para o serviço nesta quarta-feira (12).

O Max deve estrear em 23 de maio nos EUA. A data de lançamento no Brasil ainda não foi confirmada. A perspectiva é que o serviço inaugure na América Latina no segundo semestre de 2023, entre setembro e dezembro.

Com a união, o serviço deixa a cor roxa já conhecida da HBO Max e ganha o tom azul. Na apresentação, executivos da Warner reforçaram que a plataforma deve unir o conteúdo para toda a família. “Chega de milhares de assinaturas, agora você pode encontrar seus programas favoritos em um único lugar”, disse o CEO David Zaslav. 

A nova plataforma vai manter os mesmos valores da HBO Max, começando por US$ 9,99 no plano mensal. A diferença é que haverá um plano mais caro, de US$ 19,99, que recebeu o nome de “Ultimate”. Este oferecerá exibição em 4K e quatro telas simultâneas. A empresa não divulgou os valores para o Brasil. 

O processo de transição para os usuários que já assinam a HBO Max não demandará a criação de outra conta. A nova plataforma deve receber todos os dados dos inscritos atuais, como perfil, histórico de produções assistidas e outras informações pessoais.

https://www.youtube.com/watch?v=e8QnMipVP_o

O que esperar 

A nova plataforma deve reunir conteúdo de diversos canais da Warner, como TLC e Cartoon Network, além de produções originais do Max Originals, o que inclui os novos filmes da DC, como “The Flash”.

O serviço também deve contar com a nova série adaptada dos livros de Harry Potter, com um novo elenco. “Por 10 anos consecutivos, as pessoas vão ver Harry Potter na HBO”, disse Zaslav. Ele não especificou se serão 10 temporadas da série ou se haverá intervalo durante a produção. JK Rowling, que escreveu os livros, entrou como produtora executiva da série.

“Max” é uma tentativa do Zaslav de alavancar o streaming da companhia e reduzir a concorrência ante a Netflix, com 231 milhões de assinantes, e a Disney+, com 235 milhões. Os serviços da Warner Bros. Discovery reúnem cerca de 96 milhões de inscritos, com meta de alcançar 130 milhões em 2025. 

Os últimos 12 meses da Warner foram desafiadores. A empresa engavetou projetos, demitiu milhares de funcionários e luta para pagar uma dívida estimada em US$ 50 bilhões. Com o novo serviço, a expectativa é atingir o ponto de equilíbrio financeiro só em 2024 e torná-lo lucrativo a partir de 2025. 

Para atrair o público, Zaslav reforçou que a nova plataforma vai passar por melhorias na parte técnica, com busca facilitada de títulos e navegação até 30% mais rápida. Downloads também serão otimizados, disse ele. Essa era uma das principais reclamações de usuários, que relatavam interrupções e dificuldade para encontrar títulos no streaming.

Outra melhoria tem relação com o uso de IA (inteligência artificial). A plataforma deve apostar na tecnologia para entregar recomendações personalizadas aos usuários assim que eles terminam um filme ou série.

Por que retirar “HBO”? 

Na apresentação, executivos homenagearam o icônico estúdio norte-americano. “A HBO sempre será a HBO”, disse JB Perrete, CEO e presidente global de jogos e streaming da Warner.

Analistas do mercado acreditam que a retirada do nome “HBO” é uma tentativa de atrair um público menos “premium” para a plataforma. Isso porque a HBO é conhecida por apostar em produções mais robustas e, por isso, o valor cobrado para acessar esses programas na TV a cabo sempre foi maior. 

“Retirar HBO do nome é consolidar que ‘não somos apenas um lugar para programação premium’”, disse Julia Alexander, diretora de estratégia da empresa de pesquisa Parrot Analytics, ao NY Times. “‘Somos um lugar para qualquer coisa que você queira assistir’”. 

A decisão também pode ter relação com os problemas nos apps HBO GO e HBO Now, os serviços inaugurais da rede. Assim que começaram a funcionar, em 2010, era comum que as ferramentas travassem no meio de programas com muita audiência, como nas estreias de “Game of Thrones” e “True Detective”. Os bugs foram corrigidos, mas a má reputação ficou.

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