A presença de bombas dos EUA não detonadas ainda fazem parte da herança da Segunda Guerra Mundial no Japão. Na última quarta-feira (2), o aeroporto da cidade Miyazaki, no sul do Japão, encerrou suas operações após a explosão de uma bomba norte-americana, 79 anos após o fim da guerra.
A explosão ocorreu na pista de taxiamento do aeroporto, gerando o cancelamento de mais de 80 voos.
No entanto, segundo autoridades japonesas, não houve feridos pela explosão, ressaltando que não havia aeronaves próximas ao local onde estava a bomba.
As Forças de Autodefesa do Japão iniciaram uma investigação, confirmando uma bomba dos EUA que pesava 200 kg, mas ainda não descobriram o que causou a explosão 79 após a guerra.
Um vídeo registrado por uma escola de aviação situada próxima ao aeroporto mostra a explosão lançando pedaços de asfalto ao céu. A TV japonesa obteve imagens da cratera na pista, informando que as medidas são de 7 metros de diâmetro e 1 metro de profundidade.
Veja:
O aeroporto retomou suas operações na manhã desta quinta-feira (3), no horário local do Japão.
O incidente, entretanto, não é um caso isolado. Há milhares de toneladas de bombas não detonadas no Japão, sobretudo em Okinawa, onde os EUA lançaram mais de 200 mil toneladas em 1945.
Após a rendição do Japão até o fim da ocupação dos EUA, em 1972, as Forças de Autodefesa do Japão e o exército dos EUA desativaram mais de 5 mil toneladas de bombas não detonadas.
Mais de 30 mil operações de descarte foram conduzidas desde 1972. No ano passado, o Japão desativou 2.348 bombas não detonadas que os EUA lançaram no país durante a guerra.
Na região do aeroporto de Miyazaki, ainda há muitas bombas não detonadas. Isso porque o aeroporto, construído em 1943, era uma instalação para treinar pilotos kamikazes para missões suicidas.