Ativistas alertam que, neste ritmo, os hipopótamos podem tornar-se criticamente ameaçados de extinção. Segundo estudo da IUCN, em 2016, a população mundial de hipopótamos comuns caiu de 30% desde 1994, descendo para entre 115 mil e 130 mil. Um agravante é que eles têm uma baixa taxa de natalidade, gerando apenas um filhote por vez.
Hoje (15) é o Dia Mundial do Hipopótamo: qual a situação do 3º maior mamífero na Terra?
Hoje, dia 15 de fevereiro, é comemorado o Dia Mundial do Hipopótamo. Este mamífero é o terceiro maior do planeta, apenas o elefante africano e a baleia azul são maiores. O hipopótamo já foi mais abundante na África, em países como o Egito e a Mauritânia. Atualmente, no entanto, ficam restritos a nações como Quênia, Uganda, Moçambique, Zâmbia, Tanzânia ou Botswana.
De suas espécies, restam apenas o hipopótamo pigmeu (Choeropsis liberiensis) e o hipopótamo comum (Hippopotamus amphibius). Isso porque a caça predatória, bem como a destruição do seu habitat e a matança os colocaram como “vulneráveis à extinção” na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
O que há por trás da ameaça aos hipopótamos?
Em setembro de 2022, um relatório divulgado pela fundação Born Free descobriu um aumento no comércio de marfim de hipopótamo no Reino Unido, usados para entalhes decorativos. Isso aconteceu um mês após o início da proibição parcial do marfim de elefante, em junho.
De acordo com a legislação, partes de hipopótamos podem ser comercializadas sob a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES). Entre 1975 2017, cerca de 770 mil kg de dentes de hipopótamo foram comercializados legalmente. Entretanto, os números do comércio ilegal são desconhecidos.
Além disso, os hipopótamos também sofrem com o comércio de suas peles e carnes, além da invasão de seu habitat, convertidos em terras agrícolas. No Quênia, a agricultura é a causadora de 63% dos conflitos entre humanos e animais, já que estes “invadem” as plantações, causando danos aos agricultores, que os matam para mantê-los longe.