O Telescópio Espacial Hubble, da NASA, capturou o encontro de três galáxias localizadas na constelação de Virgem. Duas delas pertencem a um sistema conhecido como Arp 248, enquanto a outra não possui relação direta.
O encontro aconteceu a mais de 200 milhões de anos-luz de distância da Terra. É possível ver na imagem a conexão das galáxias, feita por um fluxo de estrelas, gás e poeira. Ambas estão se puxando gravitacionalmente, caminhando para uma futura fusão.
A interação entre galáxias leva a formação das chamadas caudas de maré – o caminho repleto de detritos em que nascem as estrelas. As caudas, por sua vez, são originadas do material presente nos discos espirais externos das galáxias.
Segundo os pesquisadores, a interação entre galáxias pode formar os chamados ISFOs (objetos intergalácticos formadores de estrelas, em português). Os ISFOs podem variar em massa, gerando desde aglomerados de estrelas supermassivas até “galáxias anãs de maré”, que representam 6% de todas as galáxias anãs existentes.
Os astrônomos acreditam que cerca de 25% de todas as galáxias existentes estão se fundindo. Uma porcentagem ainda maior parece estar, pelo menos, interagindo gravitacionalmente.
A própria Via Láctea é um exemplo dessas movimentações espaciais. As Nuvens de Magalhães e a Galáxia Anã de Sagitário, por exemplo, foram influenciadas pela interação com a nossa galáxia. Como se não bastasse, a Via Láctea caminha agora para se fundir com a Galáxia de Andrômeda – um choque que deve ocorrer dentro dos próximos bilhões de anos.