Hubble vê nuvem de pedregulhos ao redor de asteroide atingido pela NASA

Nesta semana, a NASA divulgou novas imagens detectadas pelo telescópio, que mostram possíveis efeitos da missão DART
O asteroide Dimorphos. Imagem: NASA, ESA, David Jewitt (UCLA); Alyssa Pagan (STScI)/Divulgação

A missão DART (Double Asteroid Redirection Test), da NASA, aconteceu no ano passado, mas contribuindo para os avanços da exploração espacial.

O telescópio Hubble detectou imagens, divulgadas nesta quinta-feira (20), em que aparece uma “nuvem de pedregulhos” ao redor do asteroide Dimorphos, que sofreu um choque contra uma sonda da NASA.

No dia 26 de setembro de 2022, uma nave da missão DART colidiu deliberadamente com o asteroide, que estava a cerca de 11 milhões de quilômetros da Terra no momento do impacto.

A missão foi bem-sucedida desviando a trajetória do objeto, alterando ligeiramente a trajetória de sua órbita em torno do Didymos, um asteroide maior. O teste foi conduzido como forma de treinamento, caso um asteroide possa ameaçar atingir a Terra, eventualmente.

Com as recentes imagens do Hubble e sua impressionante sensibilidade, os astrônomos descobriram que essa colisão proposital enviou esta “nuvem de pedregulhos” ao espaço. A sonda da NASA voava a cerca de 22,5 mil quilômetros por hora no momento do impacto.

“Isso nos diz, pela primeira vez, o que acontece quando você atinge um asteroide e vê material saindo nos tamanhos maiores. Os pedregulhos são algumas das coisas mais fracas já fotografadas dentro do nosso sistema solar”, disse David Jewitt, cientista da Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA).

Os registros mostram que o choque espalhou 37 pedregulhos que variam de um a pouco mais de sete metros de diâmetro, e estão se afastando lentamente do Dimorphos, a cerca de um quilômetro por hora, de acordo com o comunicado da NASA. Isso equivale à velocidade de uma tartaruga gigante.

Esta lentidão permite que a missão Hera, da Agência Espacial Europeia, possa observar a nuvem de rochas. O projeto será realizado em 2026, com o objetivo de investigar o asteroide.

A dispersão dessas pequenas rochas indica que a missão DART criou uma cratera de cerca de 50 metros de diâmetro no asteroide. Os cientistas continuarão estudando a trajetória das rochas para entender “em que direções elas foram ejetadas”.

No entanto, vale ressaltar que os estudos apontam que os pedregulhos provavelmente não foram despedaçados do Dimorphos como resultado da colisão do DART. Imagens indicam que eles já existiam na superfície do asteroide e foram somente dispersos após o impacto.

O registro do DART feito segundos antes da colisão mostra essas pequenas rochas e detritos já presentes perto do Dimorphos.

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