IA tentar unir animais resgatados no RS aos seus tutores
Um casal de Canoas, cidade no Rio de Grande do Sul que foi alagada pelas enchentes este mês, está usando a IA (inteligência artificial) para ajudar a reunir animais de estimação, como cães, gatos, pássaros e coelhos, por exemplo, com seus tutores.
A iniciativa de Gustavo Furtado e Jéssica Phoenix utiliza IA e visão computacional para comparar as informações dadas pelos tutores com as dos animais nos abrigos. A plataforma usa um software da Monday.com como base de dados e um modelo de IA da Pix Force, com apoio das equipes da A-Players e da Zeno Junior.
Como encontrar animais perdidos no RS com IA?
A ferramenta tem quase 3 mil tutores cadastrados e 1,4 mil animais. Para encontrar os animais perdidos, os tutores respondem a um formulário com informações como nome do pet, sexo, cor, porte, imagens em boa qualidade e número de WhatsApp para contato.
O mesmo vale para o registro de animais em abrigos. Além disso, também é possível informar quais pets estão no local pelo e-mail [email protected] ou pelo WhatsApp (51) 99205-5082.
“Precisamos que todas as bases de dados sejam integradas ao sistema, em todas as cidades afetadas pela enchente. Por enquanto esse trabalho está sendo feito manualmente por poucos voluntários e isso atrasa muito. Todos os abrigos criaram páginas de Instagram e fica difícil para os tutores irem uma por uma procurar seu animalzinho”, disse Furtado à Exame.
De acordo com o boletim da Defesa Civil do RS, mais de de 10 mil animais de estimação e silvestres foram resgatados durante as enchentes. A plataforma de Furtado e Phoenix já está em funcionamento e fez seu primeiro match na semana passada. “Precisamos divulgar o projeto com urgência para que a plataforma unifique dados de animais perdidos e seus tutores”, ressalta Jéssica.
Outras formas de encontrar animais
Além da iniciativa em Canoas, segundo a Folha de S. Paulo, o antigo centro de eventos da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) recebe cães e gatos resgatados das enchentes por ONGs.
Lá – onde já foram cadastrados mais de 150 pets – os animais recebem atendimento médico de veterinários e estudantes, bem como identificação por microchips, que permitem buscas em um sistema. Suas fotos estão nos perfis @soscomunidades.ufsm e @animaissm no Instagram.
Na rede social, outras páginas também ajudam a divulgar e encontrar bichos de estimação desaparecidos, como o @tosalvopetpoa, @acheseudogulbra e @acheseupetpoa.
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