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Índia perdeu contato com módulo lunar minutos antes de ele pousar na Lua

As câmeras do orbitador da missão localizaram o módulo, chamado Vikram, na superfície lunar, mas ainda não é possível se comunicar com ele.

Representação artística do orbitador lunar Chandrayaan-2. Imagem: ISRO

No sábado (7), a Índia iniciou sua primeira tentativa de pouso na Lua às 15:30 (ET). Mas, pouco tempo depois, a Organização de Pesquisa Espacial da Índia (ISRO) informou que havia perdido contato com a espaçonave Vikram quando estava a cerca de 2,1 quilômetros da superfície lunar.

No dia seguinte, as câmeras do orbitador da missão localizaram a sonda na superfície lunar, disse o presidente da ISRO K. Sivan à Press Trust of India, segundo o The Guardian. No entanto, o The Verge relata que não se sabe se o Vikram sobreviveu ao pouso (provavelmente forçado, segundo Sivan) já que a organização ainda não consegue se comunicar com a espaçonave.

Se não fosse pelos imprevistos, a Índia teria sido o quarto país a pousar de forma bem-sucedida na Lua – após EUA, a antiga União Soviética e China. A missão lunar Chandrayaan-2, de quase US$ 150 milhões, foi lançada há cerca de 50 anos com o objetivo de estudar crateras lunares. Um dos principais objetivos da recente tentativa de pouso era encontrar vestígios de água.

Conforme observado pelo The New York Times, a missão tem um grande significado para o país por dois motivos principais. Primeiramente, o fato de a Índia estar entre as primeiras nações a pousar na Lua é algo que enaltece o sentimento de patriotismo. Além disso, os esforços espaciais são muito bem-vindos pelo governo indiano como uma forma de distrair a população de outros problemas, como desemprego, desaceleração da economia e conflitos na Cachemira.

A expectativa inicial era que a missão durasse apenas um dia lunar, o que equivale a 14 dias na Terra. Durante esse período, o Vikram utilizaria seus instrumentos para detectar atividades sísmicas na lua, medir a condutividade térmica e estudar a zona lunar ionizada por radiações cósmicas e solares.

Além disso, o Vikram carrega um pequeno rover chamado Pragyan, cuja missão é viajar até meio quilômetro do local de pouso para estudar a composição química da superfície da Lua.

No entanto, os esforços agora estão concentrados em tentar recuperar a comunicação com o Vikram nos próximos dias.

[The Guardian, The Verge, Nature, GizmodoUS]

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