Inferno astral: Big Techs entram na mira de governos ao redor do mundo
As Big Techs estão enfrentando as legislações de diversos governos ao redor do mundo. Empresas como Apple, Amazon, ByteDance e X (antigo Twitter) entraram na mira dos governos por conta dos conteúdos publicados em suas plataformas ou pela forma que agem com os consumidores em certos territórios.
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SAMSUNG Smart TV Crystal 50" 4K com AlexaO possível banimento do TikTok nos EUA
O caso mais recente de batalha entre Big Techs e governos envolve o TikTok e o governo dos EUA. Na última quarta-feira, o presidente americano, Joe Biden, sancionou uma lei que pode proibir a rede social no país. A legislação entrou em vigor porque os parlamentares afirmaram temer pela segurança de dados dos usuários.
Segundo o governo dos Estados Unidos, ByteDance — empresa responsável pelo TikTok — compartilha informações de perfis com o Partido Comunista da China. Porém, a empresa nega as acusações.
Com a nova lei, a ByteDance é obrigada a vender a operação do TikTok nos EUA para uma empresa fora da China. A empresa tem nove meses para obedecer à ordem. Caso isso não aconteça, a lei pode banir a rede social de todas as lojas de aplicativos e servidores do país.
Em resposta aos desdobramentos do caso, a ByteDance disse preferir desativar o TikTok a vender a plataforma. Nos próximos meses, a empresa vai tentar lutar contra a legislação do governo estadunidense.
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Xiaomi Redmi Note 13 8+256G GlobalAmazon recebe multa na Itália por supostas práticas comerciais ilegais
Já na Itália, a Amazon se tornou alvo de autoridades por supostas práticas comerciais ilegais. A gigante do e-commerce recebeu uma multa de 10 milhões de euros (cerca de R$ 54,7 milhões) por induzir consumidores a realizar ações específicas na hora da compra.
Segundo a apuração da Reuters, o governo italiano considerou que a Amazon “restringiu significativamente a liberdade de escolha dos consumidores” ao definir como padrão a opção de compra recorrente em vez da tradicional compra única em vários anúncios de produtos.
Para a autoridade antitruste da Itália, “o pré-agendamento da compra recorrente induz a pessoa a comprar periodicamente um produto — mesmo sem a necessidade efetiva — limitando assim a liberdade de escolha”.
Em resposta, a Amazon disse que vai recorrer à decisão. De acordo com a empresa, “todos os dias, os clientes se beneficiam do programa Assine e Economize, economizando dinheiro e tempo em entregas regulares de itens que usam rotineiramente”.
Apple é acusada de se envolver em conflito no Congo
Passando para o continente africano, a República Democrática do Congo está pressionando a Apple para obter informações sobre a cadeia de suprimentos da empresa. O governo do país se preocupa com a possibilidade da companhia estar envolvida em conflitos motivados pela extração ilegal de minerais.
O Congo, em especial a região leste, sofre com violência desde a década de 1990. Recentemente, o país tem sofrido com conflitos causados pelo controle do comércio ilegal de estanho, ouro, coltan e tântalo — minérios muito utilizados na fabricação de celulares, assim como computadores.
Em setembro de 2023, o presidente do Congo, Felix Tshisekedi, buscou o escritório de advocacia internacional Amsterdam & Partners LLP para investigar a cadeia de suprimentos de estanho, tungstênio e tântalo.
Como parte da apuração, os advogados solicitaram que CEO da Apple, Tim Cook, respondesse a diversas perguntas sobre os minerais usados para fabricar produtos. Em retorno, porém, a Big Tech afirmou trabalhar apenas com fundições e refinarias auditadas.
Austrália exige que X delete vídeos violentos
Por fim, em relação ao X, se engana quem acha que o bilionário Elon Musk só tem problemas com o governo do Brasil. Nesta semana, o executivo se envolveu em uma batalha com as autoridades australianas, por causa de conteúdos violentos publicados na rede social.
O governo da Austrália exigiu a exclusão de vídeos e imagens de um esfaqueamento que aconteceu durante um culto transmitido ao vivo em uma igreja em Sydney, na semana passada. Musk, aliás, criticou a ordem, dizendo que tais decisões podiam dar aos países o poder de controlar “toda a internet”.
O bilionário argumentou que, se acatar o pedido da Austrália, teria que fazer o mesmo para todos os países do mundo. Para Musk, a solicitação se trata de censura, pois os conteúdos já estão bloqueados geograficamente no território australiano.
Por outro lado, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, acredita que “as Big Techs de mídia social, que ganham muito dinheiro com seus negócios, têm uma responsabilidade social” de remover conteúdo violento de suas plataformas, caso solicitado pelos governos.
Vale lembrar que, aqui no Brasil, o dono do X chegou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ameaçar descumprir ordens judiciais e encerrar a rede social no país. Tudo porque o governo brasileiro solicitou o bloqueio de perfis que desrespeitaram a Constituição Federal ao compartilhar posts ofensivos, no passado.