Uma maratona para criar soluções contra bots que causam desinformação. Essa é a proposta do Hackathon Pegabot, uma competição 100% online que vai premiar as soluções mais criativas para barrar robôs mal intencionados na web.
As inscrições são grátis e terminam nesta sexta-feira (26). Podem participar programadores, jornalistas, designers, pesquisadores, estudantes e profissionais de áreas ligadas à informação e segurança digital. Para se inscrever, é só clicar neste link.
O encontro acontece de 1 a 4 de setembro. Os participantes enfrentarão desafios surpresa, apresentados durante o evento, e poderão escolher para quais deles querem formular propostas.
Os desafios têm relação com o uso de automação nas redes sociais, falta de transparência e combate à desinformação. Serão três eixos: “Desenvolvimento e Algoritmo”, “Narrativas sobre Automação e Desinformação” e “Pesquisa e Estratégia”.
“Além de descobrir como funcionam projetos reais de inovação cívica, você poderá colaborar com o ecossistema de ferramentas de código aberto, realizando desafios práticos em grupo”, diz o site do Hackathon Pegabot.
Cada grupo contará com o apoio de um mentor – um especialista brasileiro no tema. Ao final, as melhores soluções digitais em cada categoria são premiadas com R$ 5 mil, além de bolsas de estudo em cursos do ITS Rio (Instituto de Tecnologia do Rio de Janeiro).
O Pegabot é uma ferramenta que ajuda a verificar se uma conta do Twitter é bot ou não. O projeto foi criado pelo ITS Rio e Instituto Tecnologia & Equidade, e tem o financiamento da União Europeia.
Os desafios de cada categoria
A categoria 1, Desenvolvimento e Algoritmo, vai contemplar problemas práticos para a evolução da ferramenta Pegabot. O objetivo é difundir o uso e ampliar o leque de funcionalidades, como extensões para navegadores web, ampliação do acesso ao algoritmo de análises para usuários externos.
Na categoria 2, Narrativas sobre Automação e Desinformação, os competidores devem encontrar problemas e desafios nas formas de divulgação dos resultados de análise do Pegabot além do Twitter.
O grupo também deve encontrar formas de incentivar o desenvolvimento de soluções de combate às narrativas desinformativas e ataques coordenados.
Na categoria 3, Pesquisa e Estratégia, os competidores devem pensar os próximos passos do Pegabot e como a ferramenta pode se tornar mais versátil. Alguns exemplos são a criação de sistema que monitora ataques a ONGs e jornalistas em tempo real e avanço na análise dos perfis.