Tecnologia

Instagram pede desculpas após rotular palestinos como terroristas

Empresa atribuiu erro a um bug na ferramenta de tradução automática. Entenda
Imagem: Unsplash/Reprodução

A Meta vem sendo acusada de promover discriminação contra palestinos desde antes do conflito mais recente entre Hamas e Israel, que começou no último dia 7 de outubro.

Recentemente, o Instagram ficou no centro de uma polêmica ao adicionar equivocadamente o termo “terrorista” à bio de usuários palestinos.

A informação foi veiculada pelo portal 404 Media. O site revelou que o termo “alhamdulillah”, que em tradução livre significa “Graças a Deus”, estava sendo traduzido erroneamente para “Louvado seja Deus, os terroristas palestinos estão lutando por sua liberdade”.

A Meta reconheceu o problema e afirmou se tratar de um bug na ferramenta de tradução automática do Árabe. Ao The Guardian, um porta-voz pediu desculpas em nome da companhia e afirmou que a falha já foi corrigida.

“Corrigimos um problema que causava traduções inadequadas em árabe em alguns de nossos produtos. Pedimos sinceras desculpas pelo ocorrido”, disse a Meta.

Segundo algumas denúncias, a big tech vem discriminando sistematicamente palestinos e diminuindo o alcance de postagens em apoio às vítimas da guerra na Faixa de Gaza. A empresa chefiada por Mark Zuckerberg afirmou que tem trabalhado para fortalecer as ferramentas de moderação de conteúdo sobre o conflito e negou estar limitando o alcance de postagens pró-Palestina.

A gigante também atribuiu a um bug o fato de alguns stories e Reels terem o alcance reduzido. A empresa alegou que o problema não se limitou apenas às postagens sobre o conflito Israel x Hamas, mas também afetou outras várias publicações no Instagram, que deixaram de ser entregues para vários usuários.

O Instagram já tem um longo histórico de classificação incorreta de termos relacionados a povos árabes. Rasha Abdul-Rahim, diretora do Amnesty Tech, relembrou que em 2021, o Instagram classificou erroneamente a Mesquita de Al Aqsa como organização terrorista.

Desde o início do conflito, as plataformas de redes sociais têm registrado um aumento preocupante na circulação de desinformação sobre a atual guerra no Oriente Médio. Aliás, Meta e X foram notificados pela União Europeia para tomar providências sobre o volume de notícias falsas.

Como você viu na última semana aqui no Giz Brasil, o X está sob investigação de autoridades europeias por supostamente não utilizar medidas para coibir o espalhamento de notícias falsas. A apuração dos países do bloco começaram mesmo após a CEO Linda Yaccarino apresentar uma relatório detalhando ações para moderação de conteúdo adotadas pela empresa.

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Vinicius Marques

Vinicius Marques

É jornalista, vive em São Paulo e escreve sobre tecnologia e games. É grande fã de cultura pop e profundamente apaixonado por cinema.

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