Jamestown foi o primeiro assentamento britânico da América do Norte. Ele fica na margem do rio James, no que hoje conhecemos como o estado americano da Virgínia.
O local não foi somente casa de colonos ingleses, mas também de povos originários que viveram ali por cerca de 12 mil anos. Hoje, os ossos encontrados na região contam a história dos primórdios da América.
Mas o sítio arqueológico está sendo ameaçado pelas mudanças climáticas. O aumento do nível do mar acaba elevando o rio, que inunda Jamestown. Pesquisadores criaram barreiras com sacos de areia e lonas ao redor de áreas de investigação. Mesmo assim, os esforços não têm sido suficientes.
Caitlin Delmas, arqueóloga local, disse em comunicado que os ossos recentemente desenterrados eram “como esponjas”. Basicamente, eles não podem ser analisados pois alternaram várias vezes entre molhados e secos.
No início deste mês, Jamestown foi classificado pelo National Trust for Historic Preservation, uma importante instituição de patrimônio, como um dos 11 locais históricos mais ameaçados dos Estados Unidos em 2022.
O nível do mar na foz do rio James subiu 45 centímetros desde 1927. As inundações levam o curso de água a aumentar cerca de um metro.
“Temos uma janela de cinco anos em Jamestown para começar a mitigar seriamente os impactos das mudanças climáticas”, disse Katherine Malone-France, chefe de conservação do National Trust for Historic Preservation, ressaltando a urgência de proteger o local que conta a história da América do Norte.