Inventor francês de prancha voadora agora quer atravessar Canal da Mancha

A apresentação de Franky Zapata no Dia da Bastilha utilizou apenas 3% das capacidades da prancha, enquanto a travessia do Canal utilizaria 99,9%.
Prancha voadora Flyboard Air mostrada durante desflie do dia da Bastilha na França
Thierry Chesnot/Getty Images

No início da semana passada, o campeão de jetski Franky Zapata apresentou sua invenção Flyboard Air, um tipo de prancha voadora, durante as festividades do Dia da Bastilha, em Paris. Agora, parece que ele tem um plano mais ambicioso para a próxima celebração histórica: atravessar o Canal da Mancha no 110º aniversário da primeira batalha aérea entre França e Inglaterra.

Zapata planeja voar entre Sangatte e a baía de St. Margaret a uma velocidade de até 140km/h, relata o Guardian. A travessia deve durar cerca de 20 minutos e será um desafio para o inventor da Flyboard Air, considerando que sua apresentação no Dia da Bastilha utilizou apenas 3% das capacidades da prancha, enquanto a travessia do Canal utilizaria 99,9%.

Em relação à distância, em 2016, Zapata bateu o recorde do maior percurso já feito com uma prancha voadora, sobrevoando pouco mais de 2 quilômetros com o Flyboard Air ao longo da costa da França. No entanto, ele precisará voar 35 quilômetros para atravessar o Canal, o que é uma distância mais de dez vezes superior à sua conquista em 2016. O próprio Zapata estima que suas chances de sucesso são de 30%.

Cada um dos cinco motores da prancha produz cerca de 250 cavalos de força. Porém, a estrutura do equipamento – composto pela prancha em si, o controle manual e o tanque de combustível – permite que o Flyboard seja capaz de voar por 10 minutos por vez. Ou seja, para atravessar o Canal da Mancha, Zapata terá que parar no meio do caminho para reabastecer.

O plano de Zapata era fazer duas paradas durante o trajeto, mas as autoridades marítimas da França indicaram que ele só poderá utilizar uma estação de reabastecimento, considerando que a área da travessia é bem movimentada.  Isso significa que ele terá que optar por pousar uma única vez no navio ou tentar reabastecer enquanto estiver sobrevoando, realizando um voo contínuo.

O ponto positivo é que Zapata já caiu com o equipamento na água antes e, embora as partes eletrônicas do Flyboard Air tenham sido arruinadas, Zapata não teve nenhum ferimento sério.

O Flyboard Air tem atraído olhares principalmente pelo seu potencial militar. As forças armadas da França já demonstraram interesse na tecnologia, tanto como ferramenta de logística como de ataque, segundo o The Guardian. Além disso, Zapata recebeu € 1,3 milhão do governo francês para desenvolver a prancha no ano passado.

[The Verge]

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