Nesta quarta-feira (21), inicia o inverno no hemisfério Sul e, neste ano, a estação deve ser influenciada diretamente pelo El Niño. O fenômeno já está afetando o clima e deve provocar chuva além do normal nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Por outro lado, o evento climático aumenta a seca no Norte, Nordeste e parte norte do Centro-Oeste.
Aqueles que vivem no Sul devem se preparar para um período com grande volume de precipitação, com chuvas prolongadas e intensas. Foi o que se observou em 2015, um ano de El Niño, quando foi registrado episódio de chuva por vários meses seguidos no Rio Grande do Sul, provocando enchentes em diversos pontos do Estado.
O afastamento do ciclone extratropical que causou destruição no Estado na semana passada deve continuar favorecendo o tempo frio e seco que predomina desde sábado (17) na região. As informações são da Agência Brasil.
Pancadas de chuva devem voltar a ser registradas na capital gaúcha nas próximas quarta (21) e quinta-feira (22), quando a temperatura sobe um pouco, mas não passa de 20º C, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Além disso, no Sudeste, as baixas temperaturas devem continuar, com mínima de 11º C na quarta e 10º C na quinta-feira, em São Paulo (SP). Belo Horizonte (MG) também pode começar o inverno com mínima de 10º C e, para o Rio de Janeiro e Vitória, estão previstas mínimas de 15º C e 16º C, respectivamente.
Como o El Niño afeta o clima
Ao contrário do La Niña, fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico equatorial, o El Niño normalmente eleva as temperaturas em todo o planeta. Quando esse evento está em atuação, o calor é reforçado no verão e o inverno é menos rigoroso. Isso ocorre porque ele dificulta o avanço de frentes frias.
O El Niño ocorre por conta de um aquecimento anormal do Oceano Pacífico equatorial. Para o fenômeno ser registrado, deve acontecer um aquecimento persistente, que leva pelo menos três meses. Isso acontece porque os ventos alísios sopram com uma intensidade bem menor do que o normal, nesse período.
O NOAA (Centro de Previsão Climática da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos) confirmou que o El Niño já se formou. Ele tende a se fortalecer ao longo deste inverno. Além disso, o fenômeno não tem um tempo previsível de duração, e pode se estender de seis meses a dois anos.
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