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James Webb descobre galáxias gigantes que não deveriam existir

Galáxias detectadas pelo James Webb podem mudar a história da astronomia como os cientistas conhecem; entenda

James Webb descobre galáxias gigantes que não deveriam existir

Imagem: NASA, ESA, CSA, I. Labbe (Swinburne University of Technology)/G. Brammer (Niels Bohr Institute’s Cosmic Dawn Center at the University of Copenhagen)/Reprodução

Observações feitas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) podem ressignificar tudo que os astrônomos conhecem sobre o Universo. Os ruídos começaram após a publicação de dados na revista Nature que apontam para galáxias que se formaram entre 500 e 700 milhões de anos após o Big Bang.

O problema não é a idade das galáxias, mas sim o tamanho delas. Os cientistas esperavam que os primeiros sistemas do cosmos fossem pequenos e emitissem luz azul. A cor tem relação com as estrelas, que parecem desenvolver um brilho avermelhado à medida que queimam seu combustível e esfriam. 

Mas não foi isso que o telescópio mostrou. As imagens de campo profundo do Webb revelaram seis galáxias que parecem guardar estrelas vermelhas maduras, alcançando uma massa de 50 bilhões de sóis. 

Pense, por exemplo, na própria Via Láctea. Ela é capaz de formar apenas duas estrelas a cada ano, enquanto as galáxias recém divulgadas têm potencial para gerar centenas de estrelas dentro do mesmo período. 

Segundo os pesquisadores, estamos diante de candidatas a galáxias tão massivas quanto a nossa própria galáxia era quando o universo tinha 3% de sua idade atual.

Se considerada a teoria cosmológica atual, essas galáxias não deveriam existir. Isso porque não deveria haver matéria suficiente na época para os sistemas formarem tantas estrelas assim. 

Há uma remota chance dos pesquisadores não estarem olhando para galáxias, mas sim buracos negros ou mesmo estrelas que se formaram de maneiras distintas. De toda forma, são necessários mais estudos para reescrever (ou não) a história do Universo.

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