Ciência

James Webb é capaz de detectar vida inteligente na Terra, diz estudo

Embora o principal foco do James Webb seja explorar as origens do universo, telescópio também serve para buscar indícios de vida. É o que argumenta um novo estudo
Imagem: NASA/Divulgação

Embora o principal foco do James Webb seja explorar as origens do universo, o telescópio também serve para estudar as atmosferas de exoplanetas em busca de bioassinaturas – indicadores de vida, basicamente.

Pesquisadores de universidades dos EUA simularam como a atmosfera da Terra seria vista por um observador distante que usasse os mesmos instrumentos do James Webb. Para isso, os eles ajustaram a qualidade dos dados do espectro eletromagnético da Terra à resolução do James Webb. 

A intenção era determinar se o telescópio poderia detectar sinais de vida e civilização, como oxigênio, metano, dióxido de nitrogênio — ou gases CFCs, por exemplo.

O estudo, disponível neste link, mas que ainda não foi revisado por cientistas independentes, sugere que o James Webb pode identificar todos os indicadores relevantes de vida não inteligente e inteligente na atmosfera da Terra.

Os pesquisadores descobriram que a qualidade da simulação estava à altura do James Webb se observado pelo sistema TRAPPIST-1, a cerca de 40 anos-luz de distância.

Portanto, segundo o estudo, o James Webb poderia detectar vida em exoplanetas dentro dessa distância. Além disso, os pesquisadores acreditam que o telescópio pode detectar sinais de vida extraterrestre a até 50 anos-luz de distância.

A descoberta do estudo aumenta as expectativas sobre o James Webb conseguir detectar indicadores de civilizações extraterrestres em planetas distantes em nossa galáxia.

Até então, a humanidade descobriu apenas 20 exoplanetas no raio 50 anos-luz de distância. Estimativas sugerem que quase quatro mil exoplanetas possam existir na área de alcance do James Webb nessa área, de acordo com o Projeto EDEN.

No entanto, isso não garante que o James Webb conseguirá confirmar a presença de vida nesses planetas. Os pesquisadores afirmam que detectar bioassinaturas em outros planetas podem ser difíceis de interpretar sem o conhecimento contextualizado do ambiente.

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