Ciência

James Webb encontra água líquida e carbono em berçários de planetas

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Imagem: NASA/ FUSE/ Lynette Cook/ Reprodução

Depois de captar a morte de uma estrela, detectar destroços de um choque cósmico e fornecer imagens incríveis do espaço, entre outras coisas, o Telescópio Espacial James Webb (JWST) agora está ajudando cientistas a compreender como os planetas se formam.

Com suas imagens, é possível investigar a química de berçários de planetas, que consistem em redemoinhos de gás e poeira ao redor de estrelas jovens. 

Conhecidos como discos protoplanetários, eles são semelhantes ao que foi o ambiente ao redor do Sol há 4,6 bilhões de anos, com os planetas do Sistema Solar se formando. 

Outros telescópios já examinaram muitos desses discos antes, mas a tecnologia do James Webb permite que os astrônomos investiguem esses lugares de maneiras originais. ‘’

“É como se você estivesse experimentando óculos novos – você os coloca e, de repente, vê muito mais”, disse Andrea Banzatti, astrônomo envolvido na pesquisa, em uma conferência do telescópio.

Ele e seus colegas utilizaram o James Webb para observar os discos protoplanetários de quatro estrelas, em específico.

Água e carbono

Os cientistas puderam ver que dois dos discos analisados continham grandes quantidades de água fria. Ela estava perto o suficiente de sua estrela para que a água fosse líquida, em vez de congelada. 

Há uma teoria que pode explicar este fenômeno. Segundo ela, fragmentos de rocha gelados podem migrar para a parte externa de um disco protoplanetário até ficarem quentes o suficiente para liberar sua água para a região interna.

Dessa forma, a reserva de água pode servir como ingrediente bruto para planetas que se formam próximos à estrela. Para Banzatti, descobrir isso permite que  os astrônomos tenham uma ideia muito melhor de que tipos de planetas estão se formando ali.

Além da água, os pesquisadores encontraram uma quantidade surpreendente de carbono no disco protoplanetário que cerca uma pequena estrela chamada J160532. 

Em geral, esse tipo de estrela costuma hospedar planetas que também são pequenos e rochosos. No entanto, ao se formar ali, em um ambiente com tanto carbono, um novo planeta pode ter em sua composição elementos bem diferentes dos planetas rochosos do Sistema Solar, como Vênus, Terra e Marte.

Por enquanto, as descobertas revelam uma química nunca vista antes em discos protoplanetários, segundo os pesquisadores. Assim, acreditam que ainda há muito o que se pesquisar com a ajuda do James Webb.

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Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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