Ciência

James Webb encontra “show de luzes” em uma anã marrom; veja

Com os dados do Telescópio Espacial James Webb, os cientistas tentam entender o motivo da anã marrom ter essa emissão de metano
Imagem: NASA/Reprodução

Astrônomos usando o Telescópio Espacial James Webb, da NASA, encontraram uma anã marrom (um objeto mais massivo que Júpiter, mas menor que uma estrela) com emissão infravermelha de metano.

O resultado foi registrado pelo James Webb em imagens impressionantes de um verdadeiro “show de luzes” na anã marrom. Esse fenômeno foi comparado com as auroras boreais que vimos na Terra.

Esta é uma descoberta inesperada porque a anã castanha, W1935, é fria e não possui uma estrela hospedeira. Por isso, não existe uma fonte óbvia para a energia da alta atmosfera.

James Webb encontra mistério astronômico

Para ajudar a explicar o mistério da emissão infravermelha do metano, a equipe recorreu ao nosso Sistema Solar.

A NASA explica que a emissão de metano é uma característica comum em gigantes gasosos como Júpiter e Saturno. O aquecimento da atmosfera superior que alimenta esta emissão está ligado às auroras.

Na Terra, as auroras são criadas quando partículas energéticas sopradas do Sol para o espaço são capturadas pelo campo magnético da Terra. Por isso elas são comuns em países da região polar norte, como na Islândia, Noruega, Suécia e Finlândia.

Eles caem em cascata na nossa atmosfera ao longo das linhas do campo magnético perto dos polos da Terra. Colidindo com moléculas de gás e criando cortinas de luz estranhas e dançantes.

Júpiter e Saturno têm processos aurorais semelhantes que envolvem a interação com o vento solar, mas também recebem contribuições aurorais de luas ativas próximas, como Io (para Júpiter) e Encélado (para Saturno).

Para anãs marrons isoladas como W1935, a ausência de vento estelar que contribua para o processo auroral e explique a energia extra na atmosfera superior necessária para a emissão de metano é um mistério.

A equipe supõe que processos internos não explicados, como os fenômenos atmosféricos de Júpiter e Saturno, ou interações externas com plasma interestelar ou uma lua ativa próxima, podem ajudar a explicar a emissão.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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