O Departamento de Justiça dos Estados Unidos solicitou a um tribunal federal que o Google seja obrigado a vender o Chrome. O pedido acontece três meses após a empresa ser considerada culpada de manter um monopólio ilegal nas buscas online.
O governo americano sugeriu a venda do navegador, que é o mais usado do mundo, como um das soluções para combater a atuação irregular da empresa no mercado de tecnologia. Além disso, entre as soluções propostas está a venda do sistema Android. Que é maioria nos smartphones do planeta.
Outra medida sugerida é o fim da obrigatoriedade de uso dos serviços do Google em celulares Android. Entretanto, caso a empresa siga adotando práticas que impactam negativamente na concorrência de mercado, ela pode até ser obrigada a vender o sistema operacional móvel no futuro.
O Departamento de Justiça também pediu ao juiz responsável pelo caso, Amit Mehta, que a empresa fosse impedida de fazer acordos nos moldes dos firmados com a Apple e Samsung. Na prática, estabelecem o Google como mecanismo de busca padrão nos smartphones. Outra solicitação é a abertura dos dados de resultados de busca por dez anos para possibilitar que outras empresas tenham possibilidade de atingir o mesmo nível de qualidade em seus serviços posteriormente.
Caso o tribunal aceite as solicitações do governo americano, outras empresas do segmento de tecnologia, como Apple, Microsoft e Amazon, por exemplo, podem acabar impactadas por decisões similares, o que pode mudar consideravelmente o funcionamento das big techs americanas.
Caso anterior foi rejeitado
As chances de o juiz aceitar a proposta não são muito altas. Anteriormente, em 2000, em outro caso histórico envolvendo empresas de tecnologia, a divisão da Microsoft foi rejeitada. E isso abriu um precedente para que o pedido do Departamento de Justiça, especialmente a respeito do Chrome, seja negado.
Assim, o governo pediu que sejam implementadas algumas restrições nos investimentos e acordos da empresa na tecnologia de inteligência artificial (IA).
O Google tem até o dia 20 de dezembro para apresentar suas próprias considerações sobre o caso. E também propor suas próprias soluções para promover um ambiente mais competitivo no mercado de tecnologia. A decisão final da justiça deve ser emitida no início do segundo semestre de 2025.
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