Talvez você se lembre da cena do filme “Uma noite no museu” em que um grande rosto de pedra pede ao protagonista, interpretado por Ben Stiller, “um chicletão”. A conversa cômica apresenta ao público uma estátua moai, tradicional da Ilha de Páscoa, na Polinésia oriental.
Cerca de 1.000 estátuas moai já foram reveladas na região. O número é expressivo, mas explorações recentes sugerem que esses encontros podem estar longe de acabar.
A seca provocada pelas mudanças climáticas revelou na última semana uma nova escultura no leito de um lago seco na ilha. A notícia foi confirmada por Salvador Atan Hito, vice-presidente de Ma’u Henua, grupo que supervisiona o parque nacional da Ilha de Páscoa.
As estátuas moai são feitas de cinza vulcânica solidificada e pesam cerca de três a cinco toneladas. Para se ter uma ideia, a escultura mais alta da ilha tem dez metros de altura.
Mas a peça recém-encontrada parece ser menor do que a média. Seu tamanho, no entanto, não torna o achado menos importante, já que ela é a primeira a ser revelada no leito do lago seco.
As autoridades não sabem porque a estátua foi colocada no lago. Todavia, a equipe acredita que se existe uma escultura, com certeza há outras a serem reveladas no mesmo local.
Além das peças, os pesquisadores também pretendem desenterrar ferramentas que foram utilizadas para esculpir o moai, revelando detalhes sobre sua fabricação.
O achado é de extrema importância para o povo Rapa Nui, que vive na ilha. Isso porque a nova peça é totalmente inédita para a história do local, pois nem mesmo os ancestrais dos indígenas que hoje habitam a região sabiam da existência desse moai.