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Lei da “panela velha”: aos 32 anos, Hubble faz foto incrível de Sagitário

O telescópio registrou uma foto impressionante do aglomerado globular NGC 6638, na constelação de Sagitário

Lei da "panela velha": aos 32 anos, Hubble faz foto incrível de Sagitário

Imagem: Agência Espacial Europeia/Divulgação

Panela velha é que faz comida boa? O telescópio Hubble, de 32 anos, mostra que sim: o instrumento registrou uma foto impressionante do aglomerado globular NGC 6638, na constelação de Sagitário.

Segundo informações da Agência Espacial Europeia e da NASA, a imagem mostra a densidade de estrelas no centro do aglomerado. São dezenas de milhares a milhões de astros. A fotografia veio da Wide Field Camera 3, do Hubble, e da Advanced Camera for Surveys. 

Aglomerados globulares são coleções densamente compactadas de estrelas antigas. Elas parecem ser esféricas e têm, em sua maioria, cerca de 10 bilhões de anos. Ali estão algumas das estrelas mais antigas da galáxia. 

Estima-se que existem cerca de 150 aglomerados globulares na Via Láctea. Eles guardam estrelas vermelhas de baixa massa e estrelas amarelas de massa intermediária. 

Abrindo caminhos 

Registrar imagens do espaço é uma das marcas do Hubble. E tudo por causa da distância do telescópio da Terra. A distorção causada pela atmosfera torna quase impossível que equipamentos terrestres vejam as estrelas com clareza, em especial as de aglomerados globulares. 

Como o Hubble orbita a mais de 540 quilômetros acima da Terra – tecnicamente ainda dentro da atmosfera –, ele consegue ver melhor as estrelas sem que nosso planeta interfira na nitidez das imagens. 

Por causa disso, o telescópio ajudou os cientistas a entender que tipos de estrelas estão em um aglomerado globular, como elas evoluem e qual o papel da gravidade nesses sistemas estelares densos. O Hubble opera no espectro de luz visível, que identifica os astros através das ondas de luz que vibram nos campos elétricos e magnéticos. 

É bem diferente do telescópio James Webb, que opera a mais de 1 milhão de quilômetros da Terra e está completamente fora da nossa atmosfera. Por causa da distância – e por ser bem mais novo –, o James Webb consegue usar câmeras de alta tecnologia para operar no espectro de luz infravermelha. Isso tira o ruído de gás ou poeira ao redor de estrelas recém-formadas, por exemplo.

Ainda assim, Hubble e James Webb podem trabalhar juntos: o primeiro possibilitará imagens que complementarão o que já vimos dos aglomerados globulares com o Hubble – como essa foto da constelação de Sagitário. 

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