O diretor Martin Scorsese teve uma conversa com o líder da comunidade indígena osage, Geoffrey Standing Bear, sobre o filme “Assassinos da Lua das Flores”. A ideia do papo foi discutir a representação que o povo teria na adaptação do livro que Scorsese fez para o cinema.
Geoffrey estava preocupado com a forma que a história seria contada, mas aprovou a direção de Scorsese no filme, que estreia quinta-feira (19).
“Eu estava preocupado com alguém contando a nossa história. Mas, quando você chegou, você disse ‘vamos filmar aqui’. Você iria trabalhar com o nosso pessoal para fazer os figurinos”, disse o líder osage, em vídeo publicado pela Paramount.
Somos muito sensíveis quanto à história, mas precisamos contá-la. Se não incomodasse as pessoas, teria algo de errado”, disse Scorsese.
O Giz Brasil já assistiu ao “Assassinos da Lua das Flores” e contou nossas impressões neste texto aqui.
A história é baseada no livro de David Grann. Ela acompanha a riqueza do povo osage após descobrir petróleo em sua terra — e a chegada dos brancos gananciosos e sedentos por dinheiro.
Na Oklahoma na década de 1920, a história de Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio) e Mollie Kylie (Lily Gladstone) fala sobre as violências e traições de brancos contra os povos originários.
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“Ao focar em Ernest e Mollie, é como uma analogia para a situação geral”, explicou Scorsese. O diretor e roteirista ainda contou com o uso do idioma dos osages nos diálogos dos personagens, além de mostrar rituais do povo originário.
“Estamos honrados em contar esta história poderosa e histórica da maneira mais autêntica possível. De jeito nenhum eu teria conseguido sem o apoio total da comunidade osage”, completou Scorsese.
Assista à conversa abaixo.
“Assassinos da Lua das Flores” estreia nesta quinta-feira (19) nos cinemas do Brasil. A direção é de Martin Scorsese com roteiro dele e de Eric Roth. O elenco tem Robert de Niro, Jesse Plemons, William Belleau e Brendan Fraser. A distribuição é da Paramount Pictures.
Pedro Ezequiel é jornalista pela ECA - USP. Passou pela Rádio USP, Jornal da USP, UOL e DOC Films. Não dispensa café e podcast. É fã de "Moleque Atrevido" do Jorge Aragão.
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