D é uma ambiciosa linguagem de programação que quer unir velocidade e simplicidade
Uma nova linguagem de programação, dessas que prometem revolucionar a computação, está aos poucos sendo adotada por um dos grandes nomes da internet. Conheça um pouco da história da linguagem D, criada há alguns anos e hoje recebendo apoio – mesmo que um pouco tímido – do Facebook.
A Wired publicou um longo e interessante artigo sobre a história e o desenvolvimento da linguagem D. Para dar uma resumida, tudo começou em 2005, quando Andrei Alexandrescu se encontrou com Walter Bright para beber algumas cervejas em 2005. Ambos tinham um objetivo: eles queriam desenvolver uma nova linguagem de programação para refazer a forma como o mundo cria seus softwares. Ousado, eu diria. Mas eles acreditam que conseguiram.
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A linguagem D estava na época sendo desenvolvida por Bright, um antigo funcionário da Symantec, e, ao incorporar alguns conceitos do Enki (um projeto de Alexandrescu), eles chegaram à linguagem que pode mudar a forma como programamos para computadores. Você pode conhecer mais sobre a linguagem aqui.
E como o D foi parar no Facebook? Alexandrescu foi contratado como pesquisador na rede social de Mark Zuckerberg e, ao lado de uma equipe de programadores, está incorporando a D às operações massivas da empresa. O Facebook acredita bastante no D, e mantém Alexandrescu e sua equipe trabalhando na linguagem e considera usá-la no lugar do C++ para o futuro.
Mesmo que o Facebook não seja um apoiador oficial do D, como diz Alexandrescu, talvez a rede social veja nesta linguagem uma oportunidade de responder a projetos de alguns de seus concorrentes. Como o Go, do Google, ou o Swift, da Apple. São linguagens que aliam a velocidade à simplicidade – algo impensável no passado. O objetivo do D é oferecer a velocidade do C++ e a facilidade de uso de Python, Ruby ou PHP. E Alexandrescu confia bastante no seu projeto: diz ele que tanto o D pode ser usado em back-end, como faz atualmente o Facebook, quanto no front-end. “Quer escrever um script de 50 linhas? Vá em frente”, explicou à Wired. Bright também vê assim. “Ter uma única linguagem adequada tanto para front quanto back-end seria muito produtivo para programadores. O D tenta ser essa linguagem.”
Você pode ler mais sobre a história de criação do D na Wired (em inglês). [Wired]