Mãe doou cérebro de Dahmer à universidade, mas nunca foi estudado; entenda
Com o sucesso da série “Dahmer: Um Canibal Americano” da Netflix, que conta a história do serial killer Jeffrey Dahmer, diversos fatos curiosos sobre o criminoso voltaram à tona. Entre tantas coisas, o cérebro do assassino foi parar no tribunal após sua morte, pois sua mãe queria que o órgão do filho fosse estudado por cientistas.
Espancado até a morte na cadeia em novembro de 1994, enquanto cumpria 15 sentenças de prisão perpétua, o assassino em série teve o corpo cremado, mas seu cérebro foi preservado a pedido da mãe, Joyce Flint. Ela queria doá-lo para a Universidade de Fresno, nos EUA, para buscar possíveis influências biológicas nos crimes cometidos.
Por outro lado, Lionel Dahmer, pai do assassino, queria deixar todo esse horror para trás, e se opunha à ideia. A discordância foi tão intensa que ela só foi ser resolvida no tribunal. Em dezembro de 1995, mais de um ano após a morte do serial killer, os dois se enfrentaram em uma audiência que durou uma hora, conforme é retratado na série da Netflix.
Jeffrey Dahmer foi responsável por 17 assassinatos — que envolviam quase sempre estupro, necrofilia e canibalismo — entre 1978 e 1991. As vítimas eram homens pobres, tinham entre 14 e 32 anos e, no geral, pertenciam a minorias sociais: LGBTQIA+, negros ou indígenas. Ele foi preso quando uma de suas vítimas conseguiu escapar e chamar a polícia.
Segundo o The New York Times, Joyce defendia que Dahmer aceitaria ser estudado. “Jeff sempre disse que, se pudesse ajudar em algo, faria o que precisasse”, disse ela a um jornal local. Já o pai, queria cumprir o desejo do filho de ser cremado, o que incluiria o seu cérebro.
No fim das contas, o juiz responsável pelo caso atendeu aos desejos de Lionel, e determinou que o cérebro de Dahmer não fosse estudado, frustrando os planos científicos de Joyce. Assim, o cérebro de Jeffrey acabou sendo cremado com o corpo e as cinzas foram divididas entre o pai e a mãe.
“Dahmer: Um Canibal Americano”
Dividida em dez episódios, a produção da Netflix “Dahmer: Um Canibal Americano” explora a maneira como o personagem conseguiu escapar das sentenças de prisão da época, das mortes que ele cometia e da atuação falha da polícia de Wisconsin, nos Estados Unidos.
Segundo a sinopse oficial, “entre 1978 e 1991, Jeffrey Dahmer tirou a vida de 17 vítimas inocentes de forma brutal. “Dahmer: Um Canibal Americano” é uma série que expõe esses crimes inescrupulosos e como o desprezo por grupos minoritários, o racismo estrutural e as falhas institucionais permitiram que um dos mais infames assassinos em série da história dos Estados Unidos continuasse agindo às claras por mais de uma década”.
Criada por Ryan Murphy, conhecido por produções como “Glee” (2009) e “American Horror Story” (2011), a série produzida pela Netflix é protagonizada pelo ator Evan Peters. A produção se propõe a contar os crimes de Dahmer através da perspectiva das vítimas do assassino. Para isso, conta com Niecy Nash, Penelope Ann Miller, Shaun J. Brown, Colin Ford e Richard Jenkins no elenco. A produção possui classificação indicativa para maiores de 18 anos.
“Dahmer: Um Canibal Americano” tem feito bastante sucesso com o público. De acordo com a própria Netflix, pela segunda semana seguida, a produção ficou no topo da lista de séries em inglês. Com 299,84 milhões de horas de visualização, se tornou a segunda série de língua inglesa mais assistida em uma semana, atrás apenas de “Stranger Things 4”.
Apenas 12 dias após a estreia, a série também entrou na lista de mais populares, em nono lugar, com 496,05 milhões de horas de exibição. Com isso, a Netflix concluiu que em menos de duas semanas, 56 milhões de residências já assistiram à minissérie. Relembre o trailer da produção:
https://www.youtube.com/watch?v=2WtL_C3aHeM&t=34s