Maior avião do mundo será construído só para mover turbina de energia eólica
O maior avião do mundo será construído para executar apenas uma tarefa: carregar hélices gigantes até usinas de energia eólica. Desenvolvida pela startup estadunidense Radia, a aeronave batizada WindRunner tem a missão de equipar os parques eólicos offshore com turbinas do tamanho de campos de futebol, capazes de aumentar a geração de energia limpa.
Na produção de energia eólica, quanto maior a turbina, mais energia ela produz. Além disso, o custo da geração do recurso diminui, já que uma única hélice gigante aproveita mais vento de forma constante, podendo operar por períodos maiores.
Contudo, as hélices mais potentes são grandes demais para caber em estradas. Por isso, a Radia trabalha para criar o veículo com mais de 100 metros de comprimento, movido por combustível de aviação sustentável. Na prática, o avião poderá carregar apenas uma turbina gigante de energia eólica ou quatro hélices tradicionais por vez.
Quando ficar pronta, a aeronave terá volume equivalente a 12 aviões do tipo Boeing 747. Apesar de comprido, o WindRunner consegue pousar em pistas relativamente curtas de quase dois quilômetros, segundo a fabricante.
Por enquanto, o WindRunner é um projeto, mas deve começar a voar até o final de 2027. A Radia testou, com sucesso, uma réplica em escala de 1/42 da aeronave em um túnel de vento e já começou a buscar fornecedores e fábricas para construir o produto final.
A missão da Radia é aprimorar a geração de energia eólica nos EUA. Como previu a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2015, as empresas começaram a não ironicamente buscar meios de “estocar vento” na forma de energia eólica.
Apesar das muitas vantagens, energia eólica não é perfeita
Além de limpa e sustentável, a energia eólica é mais barata. Assim, os consumidores pagam menos pelo recurso, e os proprietários dos parques eólicos lucram mais. Contudo, as turbinas geram alguns problemas que são muitas vezes ignorados.
A energia eólica causa certos impactos ambientais — que afetam, sobretudo, as regiões onde as turbinas se encontram — tanto à natureza quanto às populações. Alguns exemplos são o barulho das hélices, o desmatamento, a erosão do solo e a fuga de espécies da fauna local.
Com as turbinas gigantes, não só a geração de energia será maior, como também os impactos ambientais. Por isso, antes de aprimorar os parques eólicos, cientistas recomendam considerar os possíveis efeitos dos equipamentos na vida de pessoas e animais.