Estima-se que, em 60 anos de exploração espacial, mais de 6 mil lançamentos deixaram 56 mil objetos na órbita terrestre. Hoje, existem pelo menos 28 mil detritos espaciais por lá que são grandes o suficiente para serem rastreados – 80% destes têm mais de 10 centímetros e viajam a velocidades suficientes para danificar um satélite ou uma espaçonave.
É por isso que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, por exemplo, vigia o lixo espacial, composto por detritos naturais do espaço (asteroides e fragmentos de corpos rochosos) ou coisas que nós deixamos por lá (satélites operacionais ou extintos, estágios usados de foguetes e outros objetos).
Mas o lixo que sobrevoa nossas cabeças não é informação exclusiva de agências governamentais e empresas comerciais, que precisam destes dados para lançar e rastrear missões. Você pode observar o amontoado de detritos neste mapa interativo da LeoLabs, uma startup com sede na Califórnia (Estados Unidos).
A LeoLabs construiu uma rede de radares ao redor do planeta para rastrear tudo na órbita terrestre. Estes radares estão na Austrália, Nova Zelândia, Portugal, Costa Rica, Estados Unidos – e a startup já anunciou que outro será instalado na Argentina.
A ideia da startup é justamente vender estes dados para agências e empresas que precisam deles para lançar e rastrear missões espaciais. Mas, agora, a LeoLabs resolveu dar às pessoas um vislumbre do porquê há cientistas e governos preocupados com o trânsito de objetos na órbita do planeta.
O mapa interativo permite ao usuário observar todo o globo terrestre, além de ampliar e reduzir a visualização de maneira fácil e intuitiva. Também é possível filtrar a visualização do lixo espacial pelo tamanho dos objetos, pelo tipo – vendo o que é satélite ou foguete, por exemplo – e pelo perigo que oferece. Divirta-se.