Ciência

Mapa mostra como El Niño vai influenciar próximas chuvas no Brasil

Depois de três anos de La Niña, agora é a vez do El Niño influenciar o clima global. Gráfico mostra que a tendência de chuvas no Sul do país vai continuar
Imagem: Arquivo/Agência Brasil

Por influência do fenômeno El Niño, as chuvas ficarão acima da média no Sul e, combinado com a anomalia de temperatura do Atlântico Tropical, os volumes de precipitação ficarão abaixo da média na região Norte do Brasil nos próximos meses.

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O mapa, elaborado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), mostra que a tendência de chuvas no Sul do país vai continuar, especialmente no Rio Grande do Sul. O mapa indica ainda chuvas acima da média para áreas ao sul das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

A ilustração da nota técnica mostra faixas na cor amarelo e laranja com chuvas abaixo da média para grande parte da região Norte e Nordeste do país e áreas do Centro-Oeste e Sudeste.

Mapa mostra como vai ser o clima do Brasil nos próximos meses. Imagem: MCTI/Reprodução

De acordo com o coordenador-geral de Ciências da Terra do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilvan Sampaio, o sudoeste da Amazônia voltará a receber chuvas a partir de novembro. Mas a precipitação ficará abaixo da média e possivelmente a recuperação será lenta.

“O déficit de chuvas foi muito grande, ainda terá reflexos em novembro e vai recuperando pouco a pouco”, afirma.

A perspectiva é que a atuação do El Niño ganhe força até dezembro e intensifique o déficit de chuva sobre o leste e o norte da Amazônia e no norte do Nordeste. Para o norte do Nordeste, a indicação é de que o Atlântico Norte continuará aquecido, o que contribui para a seca.

Super El Niño

Depois de três anos de La Niña, agora é a vez do El Niño influenciar o clima global. O satélite Sentinel-6 da NASA identificou os primeiros sinais da formação do fenômeno climático no Oceano Pacífico em 12 de maio.

No último mês, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertou sobre seus efeitos até 2027. Segundo a organização, o planeta vai enfrentar “novos recordes” de temperaturas altas nos próximos cinco anos.

Há 66% de chance de que a temperatura global média anual fique 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais entre 2023 e 2027. Além disso, a probabilidade chega a 98% de que pelo menos um dos próximos cinco anos seja o mais quente já registrado.

O El Niño se caracteriza pelo aumento do nível do mar e temperaturas oceânicas mais quentes. Segundo a OMM, o ano de 2016 foi o mais quente já registrado por causa do fenômeno.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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