Médicos diagnosticam câncer de pulmão em brasileira ao analisar suas palmas das mãos aveludadas

Uma mulher brasileira foi ao médico com uma coceira nas mãos; ao analisá-la, médicos concluíram que, na verdade, ela tinha câncer no pulmão.
A mão da brasileira ao lado da imagem da tomografia computadorizada. Crédito: Denis Miyashiro, M.D., e Jose A. Sanches/New England Journal of Medicine)
A mão da brasileira ao lado da imagem da tomografia computadorizada. Crédito: Denis Miyashiro, M.D., e Jose A. Sanches/New England Journal of Medicine

As palmas das mãos de uma mulher brasileira levaram à descoberta de um problema de saúde subjacente mais sério: o câncer de pulmão.

De acordo com um relato de caso publicado nesta semana no New England Journal of Medicine, cujos autores são Denis Miyashiro e Jose A. Sanches, da USP, a mulher de 73 anos visitou uma clínica de dermatologia local com queixas de coceira e lesões dolorosas nas palmas das duas mãos.

Os sintomas apareceram pela primeira vez nove meses antes. Quando os médicos olharam mais de perto as palmas das mãos dela, eles notaram linhas especialmente nítidas nas dobras naturais de suas mãos, além de linhas sulcadas adicionais e uma “aparência aveludada” nas duas palmas.

Em termos médicos, a mulher apresentava uma condição rara, às vezes chamada de queratodermia palmoplantar ou acantose nigricans da palma.

Infelizmente, a aparência da palma da mão quase sempre está ligada a certos tipos de câncer, tipicamente a variedade gástrica ou pulmonar. Além disso, a mulher fumava o equivalente a um maço por dia há 30 anos e também lidava com tosse persistente e perda de peso. Sem surpresa, uma tomografia computadorizada revelou que ela tinha câncer de pulmão.

Esta é uma condição rara, mesmo entre pessoas com câncer. E ainda não está claro exatamente por que isso acontece, embora alguns pesquisadores pensem que o câncer pode, de alguma forma, estimular a superprodução de células da pele na palma da mão.

Embora possa desaparecer se o câncer de uma pessoa for tratado, isso não aconteceu neste caso. Nem um tratamento com pomada pareceu ajudar. E, apesar de fazer quimioterapia e radioterapia, o câncer da mulher continuou progredindo até a marca de seis meses de seu tratamento. No momento da publicação, os autores escreveram que ela havia iniciado outro tratamento, mas não deu outras atualizações sobre sua condição.

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