A viagem aérea é o meio de transporte mais seguro do mundo. Inclusive, o relatório mais recente da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) confirmou que 2023 foi o ano mais seguro da história recente da aviação. O documento também detalha as chances de um avião cair — que, adiantando, são bastante baixas.
Como reportado pelo site Simple Flying, a indústria da aviação registrou queda de 10% no número de acidentes envolvendo aviões entre 2020 e 2022. Além disso, as fatalidades provenientes de quedas de aeronaves diminuíram cerca de 65% no mesmo período.
Vale destacar que, ao longo do intervalo de dois anos, a quantidade de voos aumentou de forma exponencial. À medida que as restrições de locomoção da pandemia de Covid-19 eram derrubadas, mais voos decolavam e pousavam diariamente.
Andar de avião é mais seguro que dirigir um carro
Segundo a ICAO, as melhorias aplicadas à segurança geral dos voos, assim como os novos acordos de segurança compartilhados por toda a indústria, ajudaram a diminuir os números de acidentes e fatalidades em viagens aéreas.
De acordo com um estudo da Universidade Harvard, um em cada 1,2 milhão de voos pode sofrer um acidente – com uma em 11 milhões de chances de ser fatal. Em comparação, as chances de um acidente de carro são 200 mil vezes maiores, chegando a uma em 5 mil.
Apesar da recente queda de um avião em Itapeva, Minas Gerais, no último domingo (28), que matou sete pessoas, as chances de um avião cair são muito pequenas. Como falamos logo acima, é mais fácil se envolver em um acidente fatal dirigindo um carro do que andando de avião.
Aqui no Brasil, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) registrou 386 acidentes aéreos entre janeiro de 2021 e julho de 2023, segundo o g1. Porém, a maioria das ocorrências envolveu aviões de pequeno porte e helicópteros.
A própria queda que aconteceu em Itapeva envolvia um avião monomotor que não tinha autorização para prestar serviço de táxi aéreo, segundo Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Voos comerciais têm maiores exigências de segurança
Em voos comerciais, existe não só maior fiscalização de equipamentos e licenças, como também há mais investimento no treinamento de pilotos, comissários de bordo e operadores de tráfego aéreo. Essas medidas fazem com que voar (da forma correta) seja bastante seguro.
Além disso, a indústria da aviação adota diversas inovações tecnológicas nas aeronaves, como o “glass cockpit”. Esse componente substitui os mostradores e indicadores analógicos por várias telas de LCD comandadas por um único sistema de gerenciamento de voo digital, diminuindo o risco de erros humanos.
A ANAC exige, no Brasil, que todos os pilotos tenham, pelo menos, 150 horas de voo antes de assumir um avião comercial. Algumas companhias aéreas, porém, podem exigir mais tempo em processos seletivos, podendo ultrapassar as 500 horas.
Enquanto isso, nos EUA, a exigência é de 1.500 horas de voo, antes de pilotar um avião comercial. Apesar das passagens caras e dos assentos cada vez mais desconfortáveis, a experiência de voar ainda é bastante segura.
As companhias aéreas mais seguras do mundo
Se você tem medo de voar, escolha uma companhia aérea de qualidade. O site Airline Ratings, por exemplo, listou as 20 empresas mais seguras de 2023, com a Qantas Airways em primeiro lugar. Em ordem, os nomes são:
- Qantas;
- Air New Zealand;
- Etihad Airways;
- Qatar Airways;
- Singapore Airlines;
- TAP Air Portugal;
- Emirates;
- Alaska Airlines;
- EVA Air;
- Virgin Australia/Atlantic;
- Cathay Pacific Airways;
- Hawaiian Airlines;
- SAS;
- United Airlines;
- Lufthansa/Swiss Group;
- Finnair;
- British Airways;
- KLM;
- American Airlines;
- Delta Air Lines.
Entre as empresas que operam no Brasil, a GOL é a companhia aérea mais segura, segundo o Airline Ratings, seguida de Azul, LATAM, Avianca e Voepass.
Para ficar ainda mais confortável, pegue o melhor assento no voo. Aliás, aqui no Giz Brasil, temos um artigo que mostra quais os melhores (e piores) lugares para viajar no avião.