A Meta inaugurou uma nova página em seu site que explica de forma detalhada como sua IA (inteligência artificial) recomenda conteúdos no Instagram e Facebook. A empresa de Mark Zuckerberg também anunciou que implementará novas ferramentas para o usuário controlar o que aparece em seu feed.
A medida está em consonância com uma nova lei da UE (União Europeia), que entra em vigor em 2024. O dispositivo exige que essas plataformas sejam mais transparentes com relação ao algoritmo utilizado em seus sistemas de recomendação.
A lei também pede que as redes sociais ofereçam uma opção de linha do tempo cronológica e proíbe anúncios direcionados sobre religião, origem étnica e afinidade política.
O que diz a Meta
Em um post no blog da Meta, a empresa dá um panorama geral de como seu modelo de recomendação funciona.
São 22 cartões que representam os diferentes sistemas de IA com os quais a Meta atua. Desses, 14 são do Facebook e oito do Instagram, como Feed do Instagram e Facebook, Reels, Stories, Marketplace, e por aí vai.
De início, todo conteúdo produzido dentro da plataforma passa por uma análise e categorização do sistema, que é capaz de reconhecer e distinguir textos, imagens e áudios. A análise dessas centenas de bilhões de dados também ajuda a identificar posts que vão contra à política da empresa.
Assim que o usuário interage com algum post (como compartilhar um vídeo sobre futebol, por exemplo), o sistema de recomendação reúne os conteúdos relacionados e aplica um filtro até deixá-lo mais próximo ao seu gosto pessoal.
Para isso, o algoritmo usa uma espécie de sistema de pontuação – chamado de “sinais”. O mecanismo faz com que posts de grupos dos quais você faz parte ou de amigos com quem já interagiu fiquem em um lugar de destaque no feed.
Como consequência, quanto maior for o engajamento do usuário com esses conteúdos recomendados, como curtir um post ou bloquear uma conta, mais refinada será a IA. Com o tempo, ela é capaz de prever com maior precisão conteúdos que sejam de seu agrado.
Usuários no controle da IA?
Os 22 cards explicativos mostram como é a aplicação dos sinais de cada uma das funções do Instagram e do Facebook. Também exibe como ocorre a seleção pela IA e como o usuário pode personalizar o que aparece no feed.
De acordo com Nick Clegg, presidente de assuntos globais da Meta, a empresa está desenvolvendo novas ferramentas para que usuários tenham maior controle sobre aquilo que é sugerido na linha do tempo.
Em breve, o Instagram terá a opção de “Tenho Interesse” para Reels recomendados (atualmente, há apenas a opção “Não tenho interesse”). A empresa também pretende trazer melhorias na opção de Mostrar Mais e Mostrar Menos para posts no Facebook.
Outra implementação que deverá ter mudanças é a opção “Por que estou vendo isso?” para o Reels e para o sistema de busca do Instagram. Assim, o usuário poderá entender porque determinado conteúdo está sendo sugerido para ele.
Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Já passou pelas redações da Editora JBC, São Paulo Shimbun, Folha de S. Paulo e Portal R7. Prefere o lado alternativo das coisas, de música a futebol.
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