
Meta vai demitir 5% dos funcionários menos produtivos
A Meta está planejando demitir 5% dos seus funcionários menos produtivos. Isso significa que, aproximadamente, 3.600 trabalhadores perderão seus empregos. A informação está presente em um memorando interno, assinado pelo CEO da empresa, Mark Zuckerberg, e obtido pela Bloomberg.
O documento também revela que a empresa planeja preencher todas as funções que ficarem vagas com os cortes ainda neste ano através da contratação de novos profissionais. O chefe da companhia ainda discutiu a possibilidade de mais demissões no decorrer do ano, mas prometeu indenizações generosas aos afetados.
A empresa pretende notificar os trabalhadores baseados nos EUA impactados pelos cortes até o dia 10 de fevereiro. Posteriormente, a Meta pretende informar funcionários que atuam em outras regiões do planeta. A companhia tem como objetivo ter ganhos de eficiência ainda no primeiro trimestre do ano.
Meta sob o governo Trump
Esta é mais uma das mudanças recentes na plataforma, que parece estar buscando um alinhamento mais próximo de Donald Trump, que assume o governo dos Estados Unidos a partir da próxima segunda-feira (20).
A empresa anunciou a substituição da verificação de fatos — mecanismo de combate às fake news — pelas notas da comunidade, que já estão em vigor há alguns meses no X/Twitter. Com isso, os próprios usuários poderão adicionar contexto adicional em publicações com conteúdo enganoso ou com algum tipo de imprecisão.
Além de suspender o sistema de checagem de fatos, a plataforma flexibilizará as diretrizes a respeito de ataques contra a comunidade LGBT+. Agora, associar homossexualidade a doença mental em discurso com viés religioso, por exemplo, não será passível de punição na plataforma. Além disso, a gigante da tecnologia pretende encerrar os programas de diversidade no recrutamento de novos funcionários.
Por isso, as mudanças são vistas com bastante preocupação por entidades internacionais que lutam por inclusão ou contra discurso de ódio e desinformação em online. Isso porque o principal temor é de que as mudanças adotadas pela empresa inspirem outras companhias do setor de tecnologia e até outros segmentos a fazerem o mesmo — o que é considerado um retrocesso.