O meteoro de maior magnitude registrado em 2022 explodiu na madrugada desta terça-feira (3), em Capão da Canoa, no litoral do Rio Grande do Sul.
A explosão ocorreu ao entrar na atmosfera, às 2h26, segundo o Observatório Espacial Heller & Jung, da cidade gaúcha de Taquara, que captou o fenômeno.
A magnitude do meteoro chegou a -9, segundo explicou o professor Carlos Fernando Jung, proprietário do observatório e diretor na região Sul da Bramon (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros).
Na astronomia, quanto mais negativo o número, mais luminoso é o meteoro. Um exemplo: Vênus brilha com uma magnitude de -5, enquanto a Lua cheia pode chegar a -13.
Jung afirma que o meteoro faz parte da chuva October gamma Puppids, ativa neste mês. O corpo celeste entrou na atmosfera a 107, km de altitude e foi extinto a 81,8 km. Ao todo, o fenômeno durou 5 segundos.
As imagens vêm de uma câmera posicionada a zênite, termo técnico da astronomia para dizer que a captura vem de um eixo vertical traçado a partir da cabeça do observador até o fenômeno. “É como se estivesse olhando 100% para cima”, disse Jung, em seu perfil do Instagram.
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Os astrônomos classificaram o meteoro como um bólido – ou seja, ele era tão intenso que deixou uma trilha ionizada de luz em sua passagem, até que explodisse no final.
É comum que os bólidos tenham sido causados por fragmentos de rocha um pouco maiores do que aqueles em um meteoro “comum”. Mesmo assim, não há porque se preocupar. Na maioria das vezes, a rocha vira pequenos pedregulhos durante a passagem pela atmosfera.
Quando isso não acontece, pequenas partes do meteoro podem sobreviver à explosão e cair em pequenos fragmentos no solo – são os famosos “meteoritos”. Mas isso depende muito do tamanho, composição e ângulo de entrada do corpo celeste.
