A Microsoft anunciou que está trabalhando em um novo mecanismo de segurança para evitar um futuro apagão cibernético. Segundo as informações divulgadas, a empresa está desenvolvendo novas ferramentas para permitir que a CrowdStrike e outros parceiros de cibersegurança operem fora do Windows Kernel.
“A Microsoft continuará a projetar e desenvolver essa nova capacidade da plataforma com a colaboração de parceiros do ecossistema para atingir a meta de confiabilidade sem prejudicar a segurança”, afirmou David, vice-presidente de segurança corporativa e de sistema operacional da empresa.
O incidente teve repercussões globais e impactou mais de 8 milhões de PCs e servidores. Uma série de serviços essenciais, como emergência e aviação civil, por exemplo, ficaram foram do ar por várias horas e, em algumas regiões, demoraram alguns dias para votar a operar normalmente
Desde então, o Kernel do Windows passou a ser alvo de duras críticas de parceiros comerciais da Microsoft e especialistas em segurança cibernética.
O que é o Kernel
Para quem não está familiarizado com o Kernel, é um componente fundamental do sistema operacional da Microsoft. Ele opera como um ponto de conexão entre software e hardware. Foi este item essencial do Windows que “autorizou” a atualização defeituosa que gerou todo o caos com a chamada “tela azul da morte”.
“Nossos clientes e parceiros do ecossistema pediram à Microsoft que oferece recursos de segurança adicionais fora do modo Kernel que, juntamente com práticas de implantação seguras, podem ser usados para criar soluções de segurança amplamente disponíveis”, afirmou Weston.
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O bloqueio de acesso de fornecedores ao Kernel é, ao menos neste momento, uma possibilidade real. A empresa já tentou fechar o acesso à plataforma em 2006, mas enfrentou uma forte resistência de seus fornecedores e acabou deixando a ideia de lado.
O cenário mudou completamente desde então. E, considerando que a gigante da tecnologia está trabalhando em um novo mecanismo, as mudanças que virão no futuro podem ser ainda mais significativas do que se imagina.