O “Netflix brasileiro” do governo também vai distribuir catálogo por sinal digital
No ano passado, falamos por aqui sobre o projeto do “Netflix brasileiro” criado pelo Ministério da Cultura. Estão surgindo mais detalhes sobre o novo serviço, incluindo seu nome, seu catálogo – e seu custo.
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Segundo o blog do Fernando Rodrigues, essa aventura deve custar R$ 10 milhões aos cofres públicos, valor que aumentará quando somadas a manutenção e a ampliação do serviço.
A plataforma ainda não tem nome oficial, mas vem sendo chamada de VOD Brasil. Ela deve reunir os 30 mil títulos da Cinemateca Brasileira, com “obras de ficção, documentários, cinejornais, filmes publicitários e registros familiares, nacionais e estrangeiros, produzidos desde 1895”.
Além disso, o catálogo traria conteúdo da rede pública de televisão (como a pouco assistida TV Brasil), mais títulos de baixo orçamento e de editais.
Apesar de ser chamado internamente de “Netflix brasileiro”, o VOD Brasil não será apenas online: ele também será transmitido por sinal digital em UHF, acessível por um receptor dedicado. Ou seja, ele funcionará de forma híbrida, na internet e por radiodifusão.
A ideia do governo é distribuir 12 milhões de receptores para famílias inscritas no Bolsa Família e no Cadastro Único Para Programas Sociais. Dessa forma, elas terão programação de TV após o desligamento do sinal analógico.
Como dissemos por aqui, seria interessante uma iniciativa para reunir filmes que estejam em domínio público (lançados até 1945). O Internet Archive, por exemplo, oferece quase 20.000 filmes com direitos autorais expirados.
De fato, a primeira fase do projeto será gratuita. Mas o Ministério da Cultura está pensando em oferecer conteúdo brasileiro mais recente – e que seria pago. Nós realmente precisamos de uma plataforma estatal de streaming?
[Blog do Fernando Rodrigues via AdoroCinema]
Foto via Facebook