Tecnologia

Míssil de bomba atômica da Guerra Fria é achado em garagem nos EUA

Segundo a Air Force Armament Museum Foundation, o Míssil Douglas AIR-2 Genie foi utilizado pelos EUA e pelo Canadá durante a Guerra Fria
Imagem: Polícia do estado de Washington/Reprodução

A venda de uma casa gerou uma descoberta impressionante: um míssil de bomba atômica da Guerra Fria escondido em uma garagem em Dayton, no estado de Ohio (EUA). O anúncio foi feito após o museu da Força Aérea relatar na noite de quarta-feira (31), uma oferta de doação do item.

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De acordo com um vizinho do local da descoberta, o míssil foi encontrado após a casa onde ele estava ser vendida. O novo dono então se assustou com o artefato e chamou o museu. A polícia prontamente respondeu à denúncia da instituição e membros do esquadrão antibombas inspecionaram o artefato enferrujado.

O morador do local onde o míssil foi encontrado já é falecido. Portanto, ainda não se sabe como o dono original da residência o conseguiu.

O objeto, um míssil antigo e inerte do tipo usado para transportar ogivas nucleares, foi identificado como Douglas AIR-2 Genie (antiga designação MB-1), e é um míssil ar-ar não guiado. Por sorte, não havia ogiva acoplada, e não continha combustível, tornando-o um artefato não explosivo.

Como os militares não solicitaram a devolução, a polícia decidiu deixá-lo com o vizinho. Ele se propôs a restaurar o objeto e exibi-lo em um museu, preservando assim um pedaço da história militar da Guerra Fria.

Sobre o míssil

De acordo com a Air Force Armament Museum Foundation, o Douglas AIR-2 Genie foi utilizado pelos Estados Unidos e pelo Canadá durante a Guerra Fria. O museu destaca sua importância na interceptação de bombardeiros estratégicos soviéticos naquele período.

Em julho de 1957, um Genie foi lançado a cerca de 5,5 mil metros de um interceptador F89J e detonado sobre Yucca Flats, Nevada. Foi primeiro e único teste de detonação de um míssil ar-ar dos EUA com uma ogiva nuclear.

Ao comentar sobre o achado extraordinário, a polícia afirmou no X (antigo Twitter) que acredita que essa seja uma descoberta única e que provavelmente levará “muito tempo antes que uma chamada semelhante seja recebida novamente”.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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