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MIT encontra moléculas no muco que podem prevenir a cólera

Moléculas de glicanos, que estão presentes no muco, podem impedir a cólera ao "desarmar" as bactérias que vivem na água contaminada. Entenda

MIT encontra moléculas no muco que podem prevenir a cólera

Imagem: CDC/Unsplash/Reprodução

Moléculas encontradas no muco podem bloquear a infecção por cólera e “desarmar” as bactérias que causam a doença. A descoberta dos pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) foi publicada na revista científica EMBO.

Os cientistas identificaram que um tipo específico de moléculas protetoras conhecidas como glicanos pode impedir que a bactéria Vibrio cholerae produza a toxina responsável pela diarreia grave da cólera, cujo contágio acontece pelo consumo de água contaminada

Glicanos são os principais elementos das mucinas, os polímeros que dão o aspecto de gel ao muco. Se estivessem no local da infecção, os glicanos ajudariam a fortalecer a barreira do muco e, assim, prevenir os sintomas da doença. 

A diferença dos glicanos é que eles “desarmam” as bactérias sem matá-las. Por isso, podem ser uma alternativa aos antibióticos, sobre os quais conseguem desenvolver resistência

Outras utilidades 

Segundo os pesquisadores, a exposição a glicanos de mucina altera a “eficácia” de outros genes, incluindo aqueles necessários para produzir a toxina da cólera. Quando as bactérias entram em contato com glicanos, elas quase não produzem a toxina que causa a doença. 

Como 50% a 60% das pessoas infectadas com Vibrio cholerae são assintomáticas, a hipótese é que os sintomas só aparecem quando as mucinas que bloqueiam a cólera estão ausentes. 

Nos últimos anos, os cientistas identificaram que os glicanos também desativam bactérias como Pseudomonas aeruginosa – mais comuns em hospitais e, por isso, mais letais – e o fungo Candida albicans, encontrada com mais frequência em infecções nas genitálias humanas. Nesses casos, os glicanos conseguem impedir a evolução das bactérias.

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