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Mito derrubado: sexo do doador de sangue não afeta tempo de vida do receptor

Sangue de doadores do sexo feminino foi associado, no passado, a uma menor sobrevida do receptor. Mas, segundo novo estudo, essa relação não está correta

Doação de sangue

Imagem: Hush Naidoo Jade Photography/Unsplash/Reprodução

Estudos feitos no passado chegaram a sugerir relações entre o sucesso das transfusões de sangue e o sexo biológico do doador. Basicamente, o material vindo de pessoas do sexo feminino foi associado a um maior risco de morte entre os receptores.

Pesquisadores chegaram a cogitar que a culpa estava nos níveis hormonais no sangue masculino e feminino. Felizmente, um artigo recém publicado no New England Journal of Medicine desmente essa ideia. 

Cientistas conduziram durante mais de dois anos um ensaio clínico no The Ottawa Hospital, no Canadá. A pesquisa juntou dados de mais de 8,7 mil pacientes adultos que pudessem precisar de uma transfusão sanguínea. 

Os pesquisadores designaram aleatoriamente os participantes que receberiam sangue de um doador masculino ou feminino. Cerca de 80% dos pacientes receberam sua primeira transfusão enquanto estavam internados, enquanto 42% deles a receberam durante cirurgias.

Cinco mil pacientes receberam doações de pessoas do sexo masculino e três mil receberam o sangue de doadores do sexo feminino. Em conclusão, a equipe registrou 1.712 mortes no grupo de doadores masculinos e 1.712 óbitos no grupo de doadores femininos. 

Dessa forma, a equipe concluiu que não há diferença significativa na sobrevida global entre receptores de sangue de doadores masculinos ou femininos. 

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