Morre Quincy Jones: ouça playlist com as maiores produções do gênio
Um gênio nos deixou. O produtor musical, compositor e arranjador, Quincy Jones, vencedor de 28 prêmios Grammy, morreu na noite deste domingo (3) aos 91 anos. Ele estava em sua residência na região de Bel-Air, em Los Angeles, nos Estados Unidos. A informação foi confirmada por seu agente, Arnold Robinson, à agência Associated Press.
Quincy Jones era fã de música brasileira
Com uma carreira de mais de sessenta anos, é considerado um dos músicos mais influentes do jazz no século 20 e produziu alguns dos álbuns mais importantes da história da música, como “Off the Wall”, “Thriller” e “Bad”, os mais bem-sucedidos de toda a carreira de Michael Jackson, além do single beneficente “We Are the World”, o mais vendido da história da indústria fonográfica.
Ele também fez história ao se tornar ao primeiro negro a compor trilha sonora para um grande filme. A produção foi “The Pawnbroker”, lançada em 1964. Além disso, Jones foi responsável pela trilha sonora do vencedor de Oscar de Melhor Filme de 1967, “No Calor da Noite”, e foi um dos produtores que apostaram em Oprah Winfrey no longa “A Cor Púrpura”, de 1985 — que recentemente recebeu um remake também produzido por Jones.
O produtor também é considerado um dos grandes responsáveis por lançar Will Smith ao estrelato com a série “Um Maluco no Pedaço”, da qual foi produtor-executivo. Jones também era um fã declarado da música brasileira, tendo trabalhado com artistas como Milton Nascimento, Ivan Lins e Simone.
O início de tudo
Quincy Jones nasceu em 14 de março de 1933. Ele começou a desenvolver seu talento para as artes quando se mudou com sua família para Bremerton, Washington, onde estudou composição musical e também trompete no Garfield High School.
O prodígio da música chegou a estudar na Seattle University, mas por apenas um semestre. Após ganhar uma bolsa de estudos na Berklee College of Music, uma das mais conceituadas faculdades de música dos Estados Unidos, se mudou para Boston, mas ficou por um breve período.
O músico talentoso acabou deixando a sala de aula para acompanhar alguns artistas como trompetista.
“Terrifier 4”: quais as pistas do 3º filme para uma nova sequência
IA generativa cria versão caipira de “Game of Thrones”
Posteriormente, Jones estudou música e composição em Paris e seguiu acompanhando artistas em turnês e formou sua própria banda de Jazz, The Jones Boys, que embora tivesse uma demanda relevante de shows, não ganhava muito dinheiro. Isso fez ele mudar a forma de se relacionar com a indústria fonográfica.
A partir daí, Quincy passou a atuar como um homem de negócios, nos bastidores, produzindo faixas e fazendo arranjos para diversos artistas. Isso aconteceu aos poucos e o tornou uma referência no segmento. Posteriormente, ficou ainda mais requisitado para compor trilhas sonoras para produções cinematográficas.
Confira a playlist com suas maiores produções