Rita Lee, considerada uma das maiores cantoras da música brasileira, morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos. A artista foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021, e vinha tratando a doença desde então.
A notícia foi confirmada pelas redes sociais da cantora. Em comunicado, a família disse: “Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”. A cantora deixa o marido, Roberto de Carvalho, e seus filhos João, Antônio e Beto Lee.
O velório será aberto ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera, na quarta-feira (10), das 10h às 17h. “De acordo com a vontade de Rita, seu corpo será cremado. A cerimonia será particular”, afirma o texto, onde a família da cantora agradece o amor e carinho recebidos. Veja o comunicado:
Internação
Em março, Rita Lee foi internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A notícia foi dada pela família da artista, que divulgou uma nota sobre a internação nas redes sociais. No momento da publicação, não foi informada a data de internação e nem o estado de saúde da cantora.
“Como qualquer pessoa que passou ou que passa por tratamento oncológico, internações para exames e avaliações podem ser necessárias. A família agradece o carinho, certa do respeito à privacidade, como estabelecido desde o início”, escreveu Roberto de Carvalho, marido de Rita, por meio do Instagram.
O câncer
A artista de 75 anos foi diagnosticada com um câncer no pulmão esquerdo em maio de 2021. No ano passado, a família da cantora celebrou a remissão do tumor. Isso significa que os sintomas do câncer estão reduzidos ou já não existem mais. Ela pode ser completa quando todos os sinais do câncer desaparecem.
Normalmente, o paciente é considerado curado quando o câncer permanece em remissão completa por cinco anos ou mais. Na época, o filho da cantora, Beto Lee, comemorou a cura do câncer de pulmão da mãe. “A cura da minha mãe me emocionou pra car*lho. Melhor notícia de todos os tempos. Manteve a cabeça erguida, com vontade de lutar, e encarou tudo com seu bom humor habitual, tanto que apelidou o tumor de ‘Jair’. That’s Rita”, comemorou ele.
Com histórico de câncer na família, Rita chegou a retirar as mamas em 2010, como forma de prevenção. E, apesar do período de reclusão por conta do tratamento, Rita Lee se manteve totalmente ativa ,e não deixou de produzir.
Artista seguiu ativa
Rita Lee lançou, no ano passado, o single “Change”, em parceria com o compositor e músico Gui Boratto. Além disso, o trabalho coincidiu com a exposição “Samsung Rock Exhibition – Rita Lee”, realizada no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, que reuniu memórias das cinco décadas de carreira da cantora, um dos maiores símbolos da música brasileira.
Recentemente, a cantora anunciou o lançamento de mais um livro: “Outra Autobiografia” é a continuação de “Rita Lee: Uma autobiografia”, lançado em 2016. A obra já está em pré-venda pela Globo Livros e tem lançamento previsto para 22 de maio, dia de Santa Rita de Cássia.
A última publicação no Instagram de Rita Lee com vida foca em suas unhas pintadas para o Carnaval. “Em clima de folia”, dizia a legenda. Em 15 de fevereiro, foi publicada uma rara fotografia em que ela aparece de cabelos curtos e grisalhos, sentada em uma poltrona.
Ao longo de sua carreira, a cantora lançou 30 álbuns. Destes, 17 foram solo e outros 13 enquanto integrante de Os Mutantes, Rita Lee & Tutti Frutti, além da parceria com seu marido Roberto de Carvalho.