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MSD pede autorização emergencial da Anvisa de pílula contra Covid no Brasil

A pílula antiviral, a primeira até agora a ter bons resultados para o tratamento de Covid, atua prevenindo a replicação do coronavírus no corpo humano

As farmacêuticas americanas MSD (Merck Sharp & Dohme) e Ridgeback Biotherapeutics anunciaram nesta sexta-feira (26), que encaminharam para a Anvisa um pedido de autorização para uso emergencial no Brasil da pílula para tratamento da Covid-19, o Molnupiravir.

Esse é o primeiro medicamento antiviral oral com eficácia contra o coronavírus. O molnupiravir trabalha tentando previnir a replicação do vírus. Ele é eficaz para diversas variantes virais, incluindo as principais — Gamma, Delta e Mu.

Segundo o laboratório responsável, os resultados da análise preliminar do estudo de fase 3 mostraram que o remédio reduziu significativamente o risco de hospitalização e morte pela Covid-19.

“As vacinas continuam sendo essenciais no controle da Covid-19 e a disponibilização de tratamentos antivirais será uma forte aliada no combate à pandemia para reduzir as complicações pela doença”, disse Hugo Nisenbom, presidente da MSD no Brasil em nota à imprensa.

O estudo incluiu pacientes brasileiros de São Paulo (SP), São José do Rio Preto (SP), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e Bento Gonçalves (RS). A conclusão da pesquisa, marcada inicialmente para novembro de 2021, teve que ser adiantada para 1º outubro por recomendação de um Comitê de Monitoramento de Dados independente, graças aos bons resultados.

“Estamos confiantes que os resultados de eficácia de molnupiravir, assim como informações técnicas e científicas, serão suficientes para recebermos a autorização da Anvisa e darmos acesso ao remédio o quanto antes para a população brasileira”, afirmou Erika Machado, diretora de Assuntos Regulatórios da MSD no Brasil, em parte do comunicado.

A agência reguladora confirmou que recebeu o pedido e informou que o prazo para a análise é de até 30 dias. A pílula já tem aprovação no Reino Unido desde o dia 4 de novembro, e uma recomendação prévia favorável dada pela agência regulatória europeia de medicamentos.

 

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