Na CCXP23 encerrada no domingo, o Apple TV+ apresentou um painel dedicado exclusivamente a “Monarch: Legado de Monstros”, sua nova série de ficção científica que se passa no chamado “MonsterVerse”. É o mesmo universo dos filmes “Godzilla”, “Kong: A Ilha da Caveira”, “Godzilla II: Rei dos Monstros” e “Godzilla vs Kong”.
No palco Thunder estiveram presentes os atores Kurt Russell, Wyatt Russell, Anna Sawai, Kiersey Clemons e Ren Watabe. Além das estrelas, os produtores Tory Tunnell, Joby Harold e o showrunner Chris Black, marcaram presença para falar sobre a nova superprodução do da plataforma de streaming da “maçã”.
Com uma abordagem diferente de outras produções desta franquia, “Monarch” tem uma história familiar. Ao invés dos monstros colossais — embora eles existam neste mundo –, o enredo tem outro foco. Mesmo assim, as cenas em que os monstros aparecem, têm efeitos especiais muito elogiados pelo público.
Confira a entrevista do elenco de “Monarch”
Após o painel no palco principal da CCXP23, elenco e produtores participaram de uma coletiva de imprensa e falaram sobre a série, que até o momento já liberou quatro episódios na plataforma.
Na entrevista, Chris Black falou sobre a importância de ter criado os personagens. Também defendeu a trama familiar no mundo dos monstros gigantes. Segundo ele, ter bons personagens e uma boa narrativa era fundamental para a produção. Tudo porque seria muito difícil produzir uma série que se sustentasse por dez episódios focando exclusivamente em Godzilla.
Não trabalhar com o pai “era bom”
Kurt e Wyatt Russell, que são pai e filho na vida real, interpretam Lee Shaw em duas linhas do tempo diferentes. O personagem é um dos pontos centrais da trama da misteriosa organização “Monarch” e precisou ser bem trabalhado para ser coerente em suas versões com diferentes idades.
Quando questionado como foi trabalhar com o filho, Kurt revelou que já recebeu propostas para atuar ao lado de Wyatt em outras produções, mas nunca havia aceitado. No entanto, quando a proposta da nova série foi apresentada, o fato de o personagem ainda não ter sido escrito contribuiu para aceitarem o projeto.
“Nós vimos a oportunidade de trabalhar com um personagem como Godzilla e a Apple garantiu que seria uma série épica e, por isso, nós decidimos entrar no projeto”
Já Wyatt começou sua resposta com bom humor afirmando que sempre foi muito bom “não trabalhar” com seu pai. Mas logo em seguida emendou que “gostou da experiência”.
“Foi um desafio, mas foi bastante divertido porque a história não é uma história de pai e filho. Na prática, interpretamos o mesmo personagem. Logo no início precisamos entrar em um acordo para decidir como seria este personagem quando ele estivesse jovem ou mais velho para que houvesse uma coerência. Como a série não é sobre Lee, ele faz apenas parte do tecido maior da série, enxergamos o personagem como um ser vivo e fomos evoluindo conforme o ele foi evoluindo”
O elenco demonstrou que teve bastante liberdade para construir os personagens. Anna Sawai, por exemplo, se preparou para o papel com os filmes do MonsterVerse, principalmente “Godzilla”, de 2014. No entanto, ela também revelou que sua vivência pessoal também foi muito importante para a criação da personagem, Cate Randa.
“Quando estava me inspirando para fazer o papel de Cate, me inspirei basicamente nos filmes anteriores, principalmente no de 2014 e tentei me preparar relacionando a história dela com a minha própria história para poder trabalhar neste papel. Pro exemplo, quando houve o terremoto em 2011, uma experiência pela qual eu passei. Foi daí que tirei inspiração porque é algo que me acompnaha até hoje”
Já Ren Watabe, que está em seu primeiro trabalho como ator — acreditem ou não, ele era chefe de cozinha –, também afirmou que levou muito de sua experiência de vida para a obra.
“O personagem que interpreto tm toda essa cultura toda essa bagagem japonesa, a relação com a mãe. Tudo isso é muito real para mim e faz parte da minha experiência pessoal. Eu trago muito da minha experiência pessoal”
De acordo com os produtores, uma das coisas mais difíceis foi fazer a história ser coerente mesmo com a narrativa sendo apresentada em duas linhas de tempo completamente diferentes. Black também destacou que tiveram momentos em que tiveram de parar porque a história não fazia sentido. Segundo ele, a equipe de roteiristas conseguiu entregar uma boa história mesmo com os desafios impostos pelas linhas temporais.
“Fomos trabalhando aos poucos, dividindo esta história em passado e presente, nem sempre fazíamos um trabalho tão bom. Tínhamos que parar e falar ‘clama neste momento este personagem nem nasceu. Por sorte, nossa equipe de escritores estava sempre verificando os fatos e foi super divertido entrar no set e ver tudo tomando
Respondendo sobre uma possível segunda temporada de “Monarch”, a produtora executiva Tory Tunnell depistou. Afirmou que se o público continuar prestigiando a produção, a resposta virá em breve.