NASA passa a aceitar o baixo nível dos mares como algo normal

O derretimento do gelo marinho tem crescido cada vez mais. Por causa disso, a NASA já considera os baixos níveis como normais, dado o aumento médio das temperaturas.

O Oceano Ártico está passando por uma grande perda de gelo durante esta estação do ano, porém os cientistas da NASA já não estão tão em alerta quanto antes.

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“Há uma década, o nível de extensão de gelo marinho que está agora seria o suficiente para um novo recorde de baixa por uma grande quantidade”, disse Walt Meier, cientista especializado em gelo marinho do Goddard Space Flight Center, da NASA. “Nós meio que nos acostumamos a esses baixos níveis de gelo marinho — isto é o novo normal.”

Agora que os cientistas estão reagindo ao aquecimento global com certa indiferença (o derretimento de calotas polares é algo que está acontecendo e não é mais novidade), a questão é mais sobre achar diferentes formas de medir a quantidade de gelo próxima aos polos. Quando você aceita que algo é real, o próximo passo e entender e observar.

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Gelo marítimo reduziu durante meses de verão no Hemisfério Norte. Crédito: Kate Ramsayer/NASA

Para medir a espessura do gelo, a maioria dos pesquisadores usa navios ou submarinos. No entanto, cientistas estão trabalhando para entender como medir isso da órbita. Parece que satélites podem ser usados para medir qualquer coisa na Terra, porém o sal nas águas do oceano costumam interferir no radar.

Segundo um comunicado da NASA, um satélite chamado Satellite-2 (ICESat-2) usará lasers e uma instrumento “de alta precisão” para medir o tempo que o laser leva para alcançar a Terra e voltar para o satélite. Isso está planejado para ocorrer em 2018. No entanto, isso cobre apenas alguns fatores que precisam ser medidos. Cientistas terão de calcular a altura abaixo d’agua e a altura acima, além de outros fatores.

Nós não vamos atingir um novo recorde de baixa de níveis de gelo marinho, o que é provavelmente algo bom. Em março, a NASA registrou uma nova baixa recorde de extensão de gelo no Ártico, e isso foi piorando ainda em maio. Diminuiu um pouco em junho, mas a redução do gelo continuou em agosto, quando o Sol está em seu pico.

Isso, é claro, tem relação com a média do aumento de temperatura na superfície da Terra. Considerando que o úlitmo mês foi o mais quente desde que começamos a registrar as temperaturas, estou ainda mais surpreso que o gelo não derreteu ainda mais (no vídeo acima, você pode ver calotas glaciais murchando em julho). E todo ano, nós continuamos superando esses recordes. Honestamente, se eu estudasse o aquecimento global, eu provavelmente não falaria muito sobre o assunto por ora.

[NASA]

Foto do topo por NASA

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