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Descobriram um navio russo com supostamente 200 toneladas de ouro perto da Coreia do Sul

Um cruzador da Marinha Imperial Russa que conteria 200 toneladas de barras de ouro, estimadas em US$ 133 bilhões, foi descoberto depois de estar perdido no mar por 113 anos. Os destroços do Dmitrii Donskoi, um navio de guerra de 6.200 toneladas que afundou durante a Guerra Russo-Japonesa de 1904-05, foi descoberto em 15 de […]

Um cruzador da Marinha Imperial Russa que conteria 200 toneladas de barras de ouro, estimadas em US$ 133 bilhões, foi descoberto depois de estar perdido no mar por 113 anos.

Os destroços do Dmitrii Donskoi, um navio de guerra de 6.200 toneladas que afundou durante a Guerra Russo-Japonesa de 1904-05, foi descoberto em 15 de julho, a cerca de 1,3 km das costas de Ulleungdo, uma ilha sul-coreana localizada 120 km ao leste da Península da Coreia, noticia o Telegraph. O navio foi encontrado a 430 metros de profundidade por um consórcio internacional liderado por uma equipe de salvamento chamada Shinil Group.

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Lançado em 28 de março de 1881, o Dmitrii Donskoi foi o primeiro cruzador blindado russo. Ele foi projetado para atacar navios mercantes e era capaz de levantar um conjunto completo de velas para conservar o consumo de carvão. Em 29 de maio de 1905, o navio foi deliberadamente afundado por seu capitão, Ivan Lebedev, depois de sofrer sérios danos durante a Batalha de Tsushima. A tripulação havia sido ordenada em terra em Ulleungdo no dia anterior. Há rumores de que o navio contenha 5.500 caixas de barras de ouro no valor de 150 trilhões de won, ou US$ 133 bilhões, segundo o Telegraph.

Marcações no que parece ser o cruzador Dmitrii Donskoi, danificado pela batalha. Imagem: Shinil Group

Usando um par de submarinos robóticos, o Shinil Group capturou imagens do navio naufragado, revelando grandes danos causados durante seu encontro com navios de guerra japoneses, junto com canhões, armas de convés, a âncora e o leme do navio. As imagens também mostravam o que pareciam ser letras cirílicas no navio, indicando sua origem russa.

A equipe de resgate conjunta, que também envolve especialistas de China, Canadá e Reino Unido, diz que planeja coletar o máximo de tesouro possível do navio e dar metade dele ao governo russo. O grupo diz que doará 10% ao governo sul-coreano, com o objetivo de transformar a ilha de Ulleungdo em um destino turístico.

Estes planos são todos muito bons, exceto que o Shinil Group ainda não solicitou direitos de salvamento com o ministério de Pesca e Assuntos Marítimos da Coreia do Sul. Não está claro se a aprovação será concedida ou se os termos do Shinil Group, conforme delineados, serão honrados. A lei sul-coreana exige que as empresas de salvamento depositem 10% do valor estimado de um naufrágio antes de iniciar suas obras de resgate, segundo o Korea Herald. Se for esse o caso, considerando as estimativas de quanto ouro ainda está a bordo, o Shinil Group teria que pagar um depósito de 15 trilhões de wons, ou US$ 13,2 bilhões, antes que possa começar a trabalhar.

Naturalmente, o Shinil Group discorda dessa avaliação, dizendo que encontrou um navio, e não um tesouro, então o valor está próximo de 1,2 bilhão de won (US$ 1 milhão), levando a um depósito mais modesto, de 120 milhões de won, ou cerca de US$ 105.540. O grupo de resgate diz que vai fazer uma reivindicação formal de salvamento ainda nesta semana.

Isso tudo pode ser muito bafafá por nada. Especialistas russos dizem que é altamente improvável que tanto ouro tenha sido colocado em um só lugar, argumentando que teria sido mais seguro, e muito mais inteligente, mover tais quantidades de ouro por trem, informa o Telegraph. Além disso, o Dmitrii Donskoi, carregado de 12 armas de artilharia, 1.600 toneladas de carvão e centenas de marinheiros, não poderia ter tanto espaço para o suposto número de caixas de ouro.

Mesmo se o navio contiver o ouro, não está claro se o Shinil Group poderá reivindicar seu direito. Os governos de Rússia e Japão provavelmente terão opiniões contundentes sobre o verdadeiro dono do suposto tesouro.

[Telegraph, The Korea Herald]

Imagem do topo: Wikimedia Commons

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