Todos os amantes de gatos estão familiarizados com as almofadas das patas dos felinos, aquelas pequenas geleias que adornam as patas dos bichanos. Se você, como eu, ama gatinho e o espaço — e, idealmente, gatinhos no espaço —, com certeza vai ficar fascinado com a última imagem do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), que capturou a Nebulosa Pata de Gato como nunca antes.
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A imagem também mostra a Nebulosa da Lagosta (no canto inferior esquerdo), localizada na constelação de Escorpião, assim como a Pata de Gato (no canto direito superior). Embora não seja tão fofinha quanto sua vizinha, a Nebulosa da Lagosta certamente corresponde a seu nome, com um formato único. A “garra” da lagosta e a “pata” do gato são regiões ativas de formação de estrelas, onde o nascimento e a fusão estelares produzem vastas nuvens de gás hidrogênio, misturado com outros elementos como hélio, carbono e oxigênio.
As áreas mais escuras que podem ser vistas na foto são, em sua maioria, poeira cósmica misturada com moléculas como o monóxido de carbono.
Aqui está a imagem completa:
Embora as nebulosas já tenham sido fotografadas anteriormente, esta nova imagem — tirada pela OmegaCAM de 256 megapixels, no Very Large Telescope da ESO no Chile — é a mais detalhada já feita.
“Esses objetos já foram muito fotografados, mas essa nova imagem do VLT Survey Telescope é tanto nítida, por causa das boas condições no (Observatório) Paranal, no Chile, e pela boa qualidade de imagem do telescópio”, contou ao Gizmodo Richard Hook, responsável pelas informações públicas no ESO. “Além disso, foi tirada usando um filtro especial que destaca o brilho fraco do gás hidrogênio, que aqui aparece em vermelho. Então, provavelmente é a melhor vista das duas nebulosas juntos que temos.”
Embora seja tentador para quem adora gatos — e para os fãs de lagosta — a ideia de partir para essas nebulosas, por favor, mantenha em mente de que elas estão a 5.500 e 8.000 anos luz de distância, respectivamente. Então continue aproveitando os gatinhos (e lagostas) aqui da Terra mesmo.
Imagens: ESO