A Netflix anunciou a produção de uma série animada de “Mafalda“, durante o evento “Hecho en Argentina”, na última segunda-feira (5). A Netflix revelou que o vencedor do Oscar, Juan José Campanella, vai dirigir e produzir a adaptação do icônico quadrinho argentino criado por Quino.
“Mafalda” segue as aventuras de uma garotinha de seis anos que questiona o mundo ao seu redor, com muito humor e ironia, há exatamente 60 anos. Desde sua estreia, em 1964, o quadrinho se tornou extremamente popular na América Latina, atraindo leitores de todas as idades devido a suas pertinentes críticas sociais e políticas.
Aliás, nos comentários do post da Netflix no Instagram, muitos brasileiros se lembraram da presença de “Mafalda” em provas de português.
Obviamente, Campanella também foi uma dessas pessoas atraídas pelo quadrinho de “Mafalda” durante a infância. O diretor de “O Segredo dos Seus Olhos“, que venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010, expressou sua admiração por “Mafalda”.
“Mafalda e seus amigos não apenas me fizeram dar muitas risadas, mas, por vezes, me obrigaram a consultar o dicionário. Contudo, cada palavra nova que aprendia vinha com recompensa de uma nova risada”, revelou o diretor.
O argentino, que vai comandar a produção da adaptação de “Mafalda” pela Netflix, enfatizou a importância de preservar o humor peculiar dos quadrinhos. Segundo Campanella, a meta é introduzir os personagens ao público mais jovem, mas também garantir uma adaptação fiel ao material de origem.
O estúdio Mundoloco CGI fará a animação de “Mafalda”, que ainda não tem uma data definida para estrear na Netflix.
Outras produções: Netflix aposta alto na América Latina
A Netflix também anunciou outras produções argentinas além de “Mafalda”, como a adaptação da HQ “O Eternauta”, estrelada por Ricardo Dárin, que protagonizou o “O Segredo dos Seus Olhos”.
Além disso, a Netflix revelou a produção de um documentário sobre o jogador Ángel Di María, bem como a versão argentina de “Casamento as Cegas” e outras atrações. Veja:
O anúncio de “Mafalda” e outras produções argentinas de grande calibre destacam, ainda mais, os ambiciosos planos da Netflix na América Latina.
No Brasil, por exemplo, o streaming produz a minissérie biográfica sobre Ayrton Senna, além de encerrar, recentemente, as filmagens da adaptação do livro “Cem Anos de Solidão”, na Colômbia. Vale ressaltar que o longa de “Cem Anos de Solidão” é a produção mais cara da Netflix na América Latina, com orçamento de US$ 50 milhões.
Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.
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